quinta-feira, 29 de março de 2012

Portugal: Deputados do PS furam sentido de voto e rejeitam Código do Trabalho




Márcia Galrão e Cristina Oliveira da Silva - Económico

Propostas de alteração não chegam para convencer deputados mais reticentes a aceitar a abstenção.

Alguns deputados do PS admitem votar amanhã contra a proposta de revisão do Código do Trabalho, ainda que a liderança de Seguro tenha imposto uma abstenção. Esses mesmos deputados não entendem que se imponha disciplina de voto com o argumento de que se tratam de matérias previstas no memorando da ‘troika'.

A indefinição do PS nesta matéria está a deixar alguns deputados da bancada socialista com os nervos em franja. Sérgio Sousa Pinto diz ao Diário Económico que considera "gravíssimo que o PS não saiba o seu lugar face a uma proposta que põe em causa todos os equilíbrios" e acusa o próprio partido de ter uma "posição contorcionista". Isabel Moreira também está no leque daqueles que querem votar contra, considerando que "há muitas matérias que vão para além do memorando e que agravam a posição dos mais fracos na relação contratual".

Para tentar calar estas vozes mais renitentes em aceitar a abstenção, o líder parlamentar Carlos Zorrinho procurou que fosse explicado internamente que o partido vai propor alterações na especialidade, como o banco de horas individual, o despedimento por inadaptação ou a extinção dos feriados. Basílio Horta, por exemplo, foi um dos parlamentares que aceitou esta estratégia.

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