quarta-feira, 21 de março de 2012

Portugal - Greve Geral: PSP com operação preparada para eventuais conflitos





A PSP vai realizar uma operação específica para a greve geral de quinta-feira, preparada com base no que aconteceu nas últimas manifestações e que prevê o eclodir de conflitos, avançou à Lusa o porta-voz desta polícia.

A PSP preparou um dispositivo policial para acompanhar a greve geral de 22 de março, adiantou Paulo Flor, acrescentando que a operação tem "como base as anteriores [greves], nomeadamente a última de 2011" e "considerando o atual momento do país".

O porta-voz da Polícia de Segurança Pública esclareceu que na preparação para a greve geral desta semana, "perspetivou os cenários que podem ser equacionados durante o dia de amanhã", incluindo o de eventuais conflitos.

Debaixo de "especial atenção" da PSP vão estar os locais onde "afluirão mais pessoas em razão dos transportes públicos que utilizarão, das manifestações públicas onde tomarão parte e dos conflitos que possam ser resolvidos com a presença da polícia".

Paulo Flor explicou também que os recursos humanos e materiais envolvidos na operação de acompanhamento da greve geral "serão utilizados de forma gradual e em função do grau de conflitualidade ou de movimentação de pessoas", tendo em conta "os níveis de ameaça e a avaliação permanente do risco".

O porta-voz da PSP disse esperar que a paralisação de amanhã seja "a manifestação de um direito livre, ordeiro e pacífico".

Na greve geral de 24 de novembro alguns manifestantes tentaram, durante o protesto que decorreu em frente à Assembleia da República, subir as escadarias do edifício, o que motivou intervenção policial e resultou em sete detidos e um agente ferido.

Opinião Página Global

Quase toda a notícia em cima decorre de forma normal mas constata-se que no último parágrafo enferma de meia verdade e omissão, pelo menos. O que não é referido, acerca de na “greve geral de 24 de novembro alguns manifestantes tentaram, durante o protesto que decorreu em frente à Assembleia da República, subir as escadarias do edifício” é que os agitadores eram agentes da PSP ou de outra polícia qualquer que se introduziu entre os manifestantes para fomentar provocações e desordem, como veio sendo visível em fotos publicadas até à exaustão mas que não colheram interesse da parte de quem devia investigar a violação da lei e esclarecer os portugueses, não se sabendo até hoje absolutamente mais nada sobre o ocorrido.

O procurador-geral da República (talvez espécie disso) anunciou dias depois que a PGR iria proceder a um inquérito sobre o ocorrido… A saber, até hoje os portugueses continuam sem saber qual o resultado desse inquérito. Pedra sobre o assunto porque não interessava divulgar? Ou o inquérito nem sequer passou para além das palavras do procurador-geral da República, lançadas da boca para fora à falta de melhor resposta para que não o inquietassem?

Não está em dúvida que eventualmente existem manifestantes mal comportados mas neste caso o que está em questão, em Novembro, é saber se a PSP (ou outra agência policial) violou ou não a lei introduzindo agentes seus para provocar, instigando desordem e violência?

Porque não respondem e pretenderam silenciar o caso, conseguindo-o, não restam dúvidas de que a resposta é a que já sabemos: violaram a lei à boa maneira antidemocrática de um regime cada vez menos democrático e mais desumano.

Na foto em cima o agente da polícia vestido à civil encontra-se a provocar a PSP na foto da esquerda e na foto da direita está em plano recuado a fumar tranquilamente um cigarro depois de cumprir a sua "tarefa". Existem mais fotos com mais agentes em que tudo é perfeitamente perceptivel. Facto é que a comunicação social é responsável por não mais referir o acontecido e deixar "esquecidas" as explicações devidas. Omissão ou censura, pois que venha o diabo e escolha. (Redação PG - CT)

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