Três secretários-nacionais do PS criticaram, esta sexta-feira, o "ajuste de contas pessoal e político" que Cavaco Silva quer fazer, nas funções de Presidente da República, com o anterior Governo, considerando que a um chefe de Estado "exige-se mais".
"O senhor Presidente da República não pode fazer ajustes de contas enquanto Presidente da República. Os tempos exigem um Presidente de todos os portugueses. Não tivemos esse presidente no discurso da vitória, não tivemos esse Presidente no discurso da tomada de posse e não tivemos esse Presidente no prefácio do livro 'Roteiros VI'", escreveu João Ribeiro na sua página na rede social Facebook.
Também Miguel Laranjeiro, na mesma rede social, considera "lamentável e inapropriado" o texto hoje conhecido de Cavaco Silva: "Portugal nunca tinha assistido a um Presidente da República, em pleno exercício da sua função, a querer fazer história, sendo parate integrante da mesma".
"Parece um ajuste de contas, fora de tempo, e mais prórpio de atores políticos partidários mas não do Presidente da República. Anteriores Presisdents da República habituaram-nos a uma forma diferentes de atuação, muito mais institucional, reservada e propiciadora e de um ambiente político saudável", acrescentou o também deputado socialista.
Ainda em textos divulgados no Facebook, também António Galamba considera que "no estado em que está o país", o Presidente da República "deve ser um fator de coesão e não um agitador de revanches com o passado".
"A um Presidente exige-se mais, que não divida, que não desestabilize e que mobilize os portugueses para os desafios necessários, em vez de os pontuar com acertos de contas com o passado".
António Galamba acrescenta que "sobretudo, pelo exemplo, jamais o poderá fazer à custa do erário público, com o dinheiro dos contribuintes".
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