terça-feira, 27 de março de 2012

PR Cabo Verde quer trabalho conjunto com Macky Sall pela democracia em África



JSD - Lusa

Cidade da Praia, 26 mar (Lusa) - O chefe de Estado de Cabo Verde saudou hoje a vitória de Macky Sall nas eleições presidenciais de domingo no Senegal e sublinhou a necessidade de se estabelecer um compromisso de lutar pela democracia em África.

Jorge Carlos Fonseca disse ter telefonado a Macky Sall pouco depois da meia-noite de hoje a dar-lhe os parabéns pela vitória na votação, em que saiu derrotado o presidente cessante, Abdoulaye Wade.

"É uma vitória decidida pelo povo senegalês em eleições pluralistas e democráticas. Cabo Verde só tem de o felicitar. Já falei ao telefone com ele, pouco depois da meia-noite, e assumimos o compromisso de que trabalharemos juntos, enquanto chefes de Estado de dois países vizinhos e amigos, para levarmos avante o nível das relações de cooperação bilaterais", afirmou.

"Também haverá condições para trabalharmos juntos para o aprofundamento da democracia no continente africano, para que Cabo Verde e Senegal, duas democracias nesta região, deem juntos uma boa contribuição para a resolução de conflitos ou de situações que ponham em casa a estabilidade em África, em geral, e a África Ocidental, em particular", acrescentou.

Jorge Carlos Fonseca sublinhou a ideia de que é necessário haver "uma coordenação e um reforço de articulação permanente, forte e decisiva dos países que abraçam claramente a democracia como opção de vida", para que a África do futuro seja a da democracia, dos direitos humanos e do bem estar das populações.

Questionado sobre se a vitória de Sall é uma boa notícia para a África Ocidental, o chefe de Estado cabo-verdiano respondeu que sim, uma vez que foram eleições que, "apesar de terem sido muito disputadas e merecido muita polémica, agitação política e social", se traduziram num "vencedor claro" e na aceitação da derrota da parte de Wade.

Wade, de 85 anos, concorreu a um controverso terceiro mandato, mas acabou derrotado na segunda volta das presidenciais de domingo frente a Sall, de 50 anos, um dos seus primeiros-ministros durante os 12 anos que esteve no poder.

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