Angola Press
Luanda - A agenda presidencial, o reforço da cooperação com a União Europeia e a crise instaurada na Guiné-Bissau dominaram o noticiário político da semana que finda hoje, sábado.
O Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, analisou com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, que visitou por três dias Angola, o reforço das relações entre Angola e a instituição internacional.
Em diversas ocasiões, Durão Barroso afirmou que as partes deverão rubricar em breve um acordo denominado "Caminho Conjunto", visando o reforço da cooperação nos domínios político e diplomático.
O estadista angolano foi convidado a visitar Bruxelas, onde se encontra a sede da União Europeia.
O líder da Comissão Europeia considerou o Campus da Universidade Agostinho Neto "uma aposta importante no futuro de Angola e do ensino superior", depois de ter visitado as instalações.
Na semana que finda, o Executivo reiterou numa reunião com uma delegação de alto nível da CEDEAO, a sua decisão de suspender o Protocolo para implementação de um programa de cooperação técnico-militar e de segurança com a República da Guiné-Bissau (MISSANG).
Nos últimos sete dias, o Presidente José Eduardo foi informado sobre o desenvolvimento da situação na Guiné-Bissau e no Mali, onde ocorreram movimentações militares que culminaram na deposição dos respectivos governos.
A informação foi prestada pelo ministro ivoirense das Relações Exteriores, Daniel Kablan Dancan, que chefiava uma delegação da Comunidade Económica dos Estados Membros da África Ocidental (CEDEAO).
O Chefe de Estado também escreveu ao seu homólogo do Benin, Thomas Yayi Boni, que é igualmente presidente da União Africana, sobre a situação na Guiné-Bissau, e felicitou Taur Matan Ruak, pela eleição à mais alta magistratura da República Democrática de Timor Leste.
O Presidente José Eduardo dos Santos expressou ainda ao seu homólogo da Guiné Equatorial, Obiang Nguema Mbasogo, interesse no reforço das relações de amizade e cooperação entre os dos países.
Nesta semana, o Executivo, reunido em Conselho de Ministros, autorizou a criação de 15 novas instituições privadas de ensino superior, localizadas nas províncias de Luanda, Benguela, Cabinda, Huíla, Huambo, Uíge, Kwanza Norte, Kwanza Sul, Bengo e Bié, com vista a dar possibilidade de acesso a este nível de ensino, em 2012, a cerca de 19 mil novos estudantes.
O Conselho de Ministros aprovou também um Decreto Presidencial que capitaliza o Banco Nacional de Angola, através da transferência de Obrigações do Tesouro para a sua carteira de títulos públicos no montante de 95 mil milhões de kwanzas, com objectivo de assegurar o equilíbrio dos meios de pagamento e o controlo da inflação.
O Presidente da República concedeu posse aos vice-governadores do Uíge e de Luanda, ambos para o Sector Económico, respectivamente, Carlos Mendes Samba e Judite Armando Pereira, em substituição de Manuel Correia Victor e de Miguel Ventura Catraio.
O ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, participou nesta semana em Nova Iorque, numa reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a Guiné-Bissau, com vista a busca de soluções viáveis para a crise político-militar despoletada na sequência do golpe de Estado do dia 12 de Abril, desencadeado pelos militares.
Neste período, foi ainda rubricado um acordo de cooperação entre Angola e a Itália em matéria de segurança pública, combate ao crime organizado, tráfico de pessoas e ilícito de diamantes, tráfico de armas, formação de quadros, entre outros.
A presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Suzana Inglês, garantiu que com base na disciplina e trabalho abnegado dos órgãos centrais da instituição, bem como dos locais da administração eleitoral, o próximo pleito eleitoral poderá decorrer de forma justa e transparente.
Foi ainda noticiado que a Comissão Nacional para o Desarmamento da População em posse ilegal de armas vai intensificar as suas acções de desarmamento coercivo aos cidadãos, em todo o país.
Entretanto, quarenta e três armas de diferentes calibres foram entregues de forma voluntária à Polícia Nacional, por cidadãos da província do Cunene que as possuíam ilegalmente, durante o primeiro trimestre deste ano.
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