Ana Gomes impedida de entrar no Barhein para visitar ativistas dos direitos humanos
FPA – Lusa, com foto
Lisboa, 29 abr (Lusa) - A eurodeputada portuguesa Ana Gomes foi hoje impedida de entrar no Barhein, onde pretendia informar-se sobre a situação de um ativista dos direitos humanos em greve de fome na prisão há 82 dias, disse a própria à Lusa.
"Decidi vir ao Barhein na sequência da visita [ao Parlamento Europeu], na semana passada, de uma das filhas de Abdulhadi al-Khawaja, que está preso e em greve de fome há mais de 80 dias sem julgamento, depois de ter sido torturado e brutalmente espancado", contou a deputada europeia à Lusa por telefone desde o aeroporto de Manama.
Para Ana Gomes, a recusa das autoridades em autorizá-la a entrar no país "só se pode explicar com o grande nervosismo das autoridades do Barhein".
"Recusaram-me a entrada porque têm muito a esconder no que diz respeito à forma escandalosa como tratam ativistas dos direitos humanos" como Al-Khawaja, afirmou a eurodeputada.
Opinião Página Global
Se dúvidas existissem sobre os regimes ditatoriais e assassinos do médio oriente que a União Europeia e os Estados Unidos da América protegem e de que são cúmplices podíamos admirar-nos de uma deputada da União Europeia ser barrada à chegada ao Barhein, mas não, não existem razões de admiração porque foi sempre do conhecimento da comunidade internacional o que aqueles “reizinhos”, sultões e quejandos significam para os seus povos: ditadores e criminosos que têm passado a vida, de geração em geração, a roubar. Por essa razão são podres de ricos em redor da miséria, da repressão e dos assassinatos de que são vítimas todos que levantam a voz e resistem às desumanidades impostas.
Na UE e nos EUA, noutras latitudes de países ditos democráticos, a cumplicidade a estes regimes ditatoriais é flagrante e vai em crescendo. Sintomas efetivos de que estes “democratas” da política ocidental são na generalidade tão repelentes quanto aqueles ditadores do médio oriente, são tão ladrões e assassinos quanto aqueles e fazem-nas pela calada sempre que podem, em prejuízo dos povos do ocidente. A escalada neonazi avança na Europa sob a batuta de Ângela Merkel e de Sarkozy. É evidente as tendências xenófobas e racistas daqueles líderes que têm arrastado a Europa para o descalabro, para o esclavagismo que grassa com pernas para andar nos países do sul da Europa. O velho Reino Unido não está fora de toda esta marcha antidemocrática europeia e nos EUA é mais que evidente que assim também é. Não nos admiremos pois pelo facto de Ana Gomes, deputada do Parlamento Europeu, ter esbarrado nos escolhos ditatoriais da realeza e dos corruptos e ladrões que subjugam o Barhein de braço dado com a Europa e os EUA. (Redação PG – AV)
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