sábado, 28 de abril de 2012

Centrais sindicais convocam manifestação para 01 de junho seguida de greve geral



JSD - Lusa

Cidade da Praia, 26 abr (Lusa) - As duas centrais sindicais de Cabo Verde convocaram uma manifestação de protesto para 01 de junho, seguida de greve geral, para exigir ao Governo o cumprimento das promessas feitas aos trabalhadores, foi hoje noticiada.

De acordo com a agência Inforpress, a decisão foi tomada na quinta-feira na Cidade da Praia durante uma reunião entre a União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde-Central Sindical (UNTC-CS) e a Confederação Cabo-Verdiana dos Sindicatos Livres (CCSL).

Numa conferência de imprensa, o secretário-geral da UNTC-CS, Júlio Ascensão Silva, e o presidente da CCSL, José Manuel Vaz, garantiram que se tratam de "medidas para forçar" o Governo a repor o poder de compra dos trabalhadores, fixar o salário mínimo e implementar o 13.º mês na Função Pública.

"A greve geral foi admitida e consensualizada entre as duas centrais sindicais caso o Governo não aceite sentar-se à mesa com os sindicatos para uma negociação, depois de uma grande manifestação a 01 de Junho", frisou Júlio Ascensão Silva.

Segundo José Manuel Vaz, a manifestação vai abranger trabalhadores de todos os setores, sendo que essa será a primeira demonstração de luta.

"Estamos perante um Governo pouco dialogante e autoritário e, se não há espaço para o diálogo, estamos a chamar os trabalhadores para mostrarem o nosso descontentamento e indignação perante a posição do executivo", acrescentou.

Em relação à proposta do novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), recentemente apresentada pelo Governo sem anexos sobre a tabela salarial, ambas as centrais estão decididas a obrigar o executivo de José Maria Neves a "cumprir as obrigações" para com os trabalhadores.

Há um ano que o CCSL e a UNTC-CS se juntaram para tentar negociar com o Governo as reivindicações dos trabalhadores.

A 22 de dezembro de 2011, a UNTC-CS e a CCSL reuniram-se com o Governo e representantes do patronato para chegarem a um acordo em relação à reposição do poder de compra, fixação do salário mínimo e atribuição do 13.º mês.

A contraproposta do Governo consistiu num Acordo de Concertação Estratégica, que define o Plano de Cargos, Carreiras e Salários como alternativa ao aumento salarial.

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