domingo, 22 de abril de 2012

Franceses votam em Lisboa com a crise a dominar as conversas na fila de espera



RTP – Lusa, com foto

Animados, faladores e ordeiros, os franceses residentes em Lisboa aproveitaram hoje a espera para votarem no consulado junto à Embaixada de França para pôr a conversa em dia, com a crise europeia a ser o assunto dominante.

"Quando a crise acontece, as pessoas têm de ser mobilizadas", disse Sylvie à agência Lusa, enquanto aguardava numa fila que reunia mais de cem pessoas à porta do consulado francês.

A viver em Portugal há seis anos, esta francesa espera que o ato eleitoral resulte na "escolha certa", mas para já reconhece com entusiasmo que há mais pessoas a votar e que estas estão mobilizadas.

Para Luís Manuel, há dois anos em Portugal, o fundamental é que os franceses que aqui vivem "se preocupem com o que se passa em França".

A crise também consta das preocupações deste francês, para quem esta é europeia: "Estamos todos ligados a esta crise", disse.

O franco-português Miguel Afonso, que já em 2007 tinha votado neste consulado, acredita que este ato está a ser "mais participado".

"Vejo mais gente do que nas últimas eleições", afirmou, confiante na participação dos franceses, já que "isto está complicado lá, mas também está cá".

"Vamos ver o que é que isto dá", disse.

Naturalmente expectantes estão também os representantes dos dois principais candidatos: Sarkozy e Hollande.

Laurent Goater, delegado em Portugal do candidato Sarkozy, sublinhou à Lusa a forma como a votação está a correr: "Bastante bem".

O escrutínio em Lisboa iniciou-se às 08:00, altura em que os votantes encontraram "tudo preparado".

Laurent Goater destacou a grande participação que este ato eleitoral está a ter e que é um sinal de que os 6000 inscritos em Lisboa (e perto de 3000 no Porto) estão mais mobilizados.

Para Arnaud Leroy, que representa o candidato socialista François Hollande, a "grande participação" dos franceses é igualmente exaltada.

"Há um movimento de que se passa alguma coisa, aqui também", disse, referindo-se à possibilidade da mudança no poder, que o partido que representa defende.

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