NME - Lusa
Luanda, 12 abr (lusa) - O ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chicoti, pediu hoje que as reuniões da Comissão do Golfo da Guiné, que não se realizavam desde 2009, passem a ter "um carácter mais regular".
Georges Chicoti, que preside à VI reunião de Conselho de Ministros da Comissão do Golfo da Guiné, discursava hoje na abertura do encontro, que reúne até sexta-feira em Luanda os ministros de seis dos oito estados-membros para aprovação do orçamento e plano de ação desta organização.
"É preciso que tenhamos pouco atraso nas nossas reuniões para darmos a devida importância que a Comissão do Golfo da Guiné representa, pelo número de desafios que se nos coloca", disse reconheceu Georges Chicoti.
De acordo com o chefe da diplomacia angolana, "só com encontros regulares e só com uma atitude mais engajada dos estados-membros", esta organização pode ganhar maior notoriedade e resolver os problemas que se lhe afiguram.
Para o ministro da Relações Exteriores de Angola, é preciso que os estados-membros assumam as suas responsabilidades "não só em termos dos encontros regulares, mas das muitas decisões já adiadas que deviam ser tomadas".
" Muitas vezes temos sentido que os nossos quadros da direção do Golfo da Guiné têm sido um pouco sacrificados pelas inúmeras tentativas de preparações de reuniões propostas, projetadas, mas muitas vezes não realizadas", reconheceu Georges Chicoti.
Nesse sentido, o ministro angolano apelou aos estados-membros, ao nível de Conselho de Ministros, que passem a assumir as suas responsabilidades "com uma maior prioridade" das ações, no sentido de passarem uma "imagem real que o Golfo da Guiné deveria ter", sobretudo, o de "estar à altura" dos muitos desafios que se lhe colocam à organização.
Um dos principais assuntos em análise na reunião prende-se com a aprovação do orçamento para este ano, que tem sido reconduzido desde 2009.
A funcionar com um orçamento de quatro milhões de dólares (cerca de três milhões de euros) e passados cerca de três anos, o secretário executivo da Comissão do Golfo da Guiné, o são-tomense Miguel Trovoada, referiu que só as despesas com os salários ultrapassam um quarto da soma disponível.
O término da reunião está previsto para sexta-feira, altura em que serão apresentadas as conclusões do encontro, e se espera de igual modo se anuncie a data e local para a realização da próxima cimeira de Chefes de Estado, já várias vezes adiadas, sem explicação.
Integram a organização Angola, Nigéria, Camarões, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Gabão, Congo e República Democrática do Congo.
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