FP - Lusa
Bissau, 13 abr (Lusa) - O comando militar que desencadeou na quinta-feira um levantamento na Guiné-Bissau pediu hoje aos partidos políticos, com e sem assento parlamentar, para que participem hoje numa reunião às 17:00 (18:00 em Lisboa).
"O encontro visa esclarecer as razões do levantamento militar de ontem [quinta-feira], bem como encontrar uma saída política desta situação de medo, caos e sobretudo de paralisação das instituições públicas e privadas do país", diz um comunicado divulgado hoje pelo autodenominado Comando Militar.
O documento acrescenta que é do entendimento do Comando Militar "fazer voltar rapidamente o país à normalidade política e constitucional, que julga ser possível com a vontade e o consenso a que a classe política poderá chegar nessa reunião".
Na noite passada militares ocuparam várias ruas da capital guineense e ouviram-se tiros durante cerca de 90 minutos, tendo a situação acalmado depois. O primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, foi detido, disse hoje a sua mulher.
No comunicado, o Comando reafirma que "não ambiciona o poder" e manifesta também a sua determinação "de se manter equidistante do poder civil democraticamente instituído no país", acrescentando ter sido "forçado a agir militarmente para se defender contra as investidas diplomáticas do governo guineense, que visava aniquilar as FARP (Forças Armadas Revolucionárias do Povo) através das forças estrangeiras".
No comunicado, o terceiro de hoje, o Comando Militar informa também os partidos que numa primeira fase "a referida reunião será à porta fechada".
O dia de hoje em Bissau tem decorrido com relativa tranquilidade. Depois de um início de dia tranquilo os militares fecharam algumas ruas mas à tarde voltou a ser possível circular por toda a capital da Guiné-Bissau.
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