quarta-feira, 18 de abril de 2012

Guiné-Bissau: Conselho de Segurança da ONU analisa situação na quinta-feira



Lusa, com foto

O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se na quinta-feira de manhã para debater a situação na Guiné-Bissau, afetada por um golpe de Estado militar, disse hoje à Lusa o secretário-executivo da CPLP.

Domingos Simões Pereira falava a partir do aeroporto de Lisboa, aguardando o voo que o levará a Nova Iorque, mas realçou que não participará na sessão com o Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) será representada por Georges Chicoti, chefe da diplomacia de Angola, país que preside atualmente à organização.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Mamadu Djaló Pires, que se encontrava fora do país quando se deu o golpe de Estado, será ouvido na sessão.

No sábado, após uma reunião extraordinária dedicada à situação na Guiné-Bissau, a CPLP apoiou, em resolução, a criação de “uma força de interposição (…), com mandato definido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas”.

A CPLP não tem mandato para realizar intervenções militares, sendo necessário, para tal, o aval do Conselho de Segurança.

Na resolução adotada pela CPLP, adianta-se que a criação dessa “força de interposição” será feita “em articulação com a CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental], a União Africana e a União Europeia”.

Entretanto, de acordo com os militares na origem do golpe de Estado de quinta-feira, a CEDEAO vai enviar uma missão técnica a Bissau, que deverá chegar ainda hoje, para "encontrar uma solução por via da Constituição" para "a saída da crise”.

A União Africana foi, até agora, a única organização internacional a suspender a Guiné-Bissau. A decisão foi comunicada na terça-feira e tem efeitos imediatos.

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