Lusa, com foto
O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se na quinta-feira de manhã para debater a situação na Guiné-Bissau, afetada por um golpe de Estado militar, disse hoje à Lusa o secretário-executivo da CPLP.
Domingos Simões Pereira falava a partir do aeroporto de Lisboa, aguardando o voo que o levará a Nova Iorque, mas realçou que não participará na sessão com o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) será representada por Georges Chicoti, chefe da diplomacia de Angola, país que preside atualmente à organização.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Mamadu Djaló Pires, que se encontrava fora do país quando se deu o golpe de Estado, será ouvido na sessão.
No sábado, após uma reunião extraordinária dedicada à situação na Guiné-Bissau, a CPLP apoiou, em resolução, a criação de “uma força de interposição (…), com mandato definido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas”.
A CPLP não tem mandato para realizar intervenções militares, sendo necessário, para tal, o aval do Conselho de Segurança.
Na resolução adotada pela CPLP, adianta-se que a criação dessa “força de interposição” será feita “em articulação com a CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental], a União Africana e a União Europeia”.
Entretanto, de acordo com os militares na origem do golpe de Estado de quinta-feira, a CEDEAO vai enviar uma missão técnica a Bissau, que deverá chegar ainda hoje, para "encontrar uma solução por via da Constituição" para "a saída da crise”.
A União Africana foi, até agora, a única organização internacional a suspender a Guiné-Bissau. A decisão foi comunicada na terça-feira e tem efeitos imediatos.
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