FP - Lusa
Bissau, 15 abr (Lusa) - A União para a Mudança (UM), um pequeno partido da Guiné-Bissau, propõe a realização de eleições presidenciais e legislativas simultâneas em novembro, precedidas de um recenseamento eleitoral, mas exclui-se de qualquer órgão de transição.
Em comunicado hoje divulgado, a UM pede também à comunidade internacional para que mantenha o diálogo com as Forças Armadas guineenses, para a continuação do processo de reforma, e avisa que sanções internacionais irão afetar essencialmente a população guineense.
A UM participou no início, mas saiu depois, da reunião que desde a manhã de hoje está a juntar partidos da oposição da Guiné-Bissau, na busca de uma solução para a crise, na sequência do golpe de Estado perpetrado pelos militares na passada quinta-feira.
Num comunicado divulgado esta tarde, a UM salienta que é contra golpes de Estado mas diz que "os recentes acontecimentos ocorridos no país" se devem "em grande medida à arrogância, à prepotência, à teimosia e ao deficit de diálogo, aliado à tendência para a confrontação e ausência de contenção verbal no exercício do poder do Estado por alguns dos seus mais altos representantes".
A UM "reconhece a necessidade de evitar a diabolização da instituição castrense", reafirma que "condena e não pactua com qualquer ação inconstitucional", "constata com alívio" que até agora não se registaram "perdas de vidas humanas", e pede ao Comando Militar para que garanta a integridade física de todo os detidos.
Os militares detiveram na noite de quinta-feira o Presidente interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro eleito, Carlos Gomes Júnior, não divulgando o paradeiro dos mesmos mas dizendo que estão "em local seguro".
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