Fillipe Mauro – Opera Mundi, foto EFE
Desde 1988, magnata das telecomunicações se encontrou mais de cem vezes com lideranças políticas do país
A cada novo desdobramento do escândalo dos grampos telefônicos do Reino Unido, as relações entre um dos maiores conglomerados midiáticos do planeta e a cúpula da política britânica revelam-se mais íntimas.
Na semana em que o proprietário da gigante News Corp., o magnata Rupert Murdoch, prestou depoimento à justiça britânica, líderes partidários e até mesmo o secretário da Cultura, Jeremy Hunt, foram colocados em xeque nessa que é uma das maiores crises de ética jornalística do país.
Em seu depoimento nesta quinta-feira (26/04), Murdoch admitiu ter errado e se disse arrependido pelos procedimentos adotados por sua empresa. O magnata falou, no entanto, em uma suposta “operação” que tentava encobrir os casos de grampos telefônicos.
Dois dias antes, era James Murdoch, filho do magnata australiano e vice-diretor da corporação, quem prestava esclarecimento às autoridades que compõem o chamado Leveson Inquiry, inquérito instaurado a partir da crise das escutas telefônicas para apurar as técnicas de captação de notícias empregadas pela mídia do país.
Na ocasião, James disse que era “evidente por si só” que os veículos de sua empresa falharam em criar “transparência suficiente” em suas estratégias jornalísticas. Entretanto, justificou-se alegando que, à época, “não conseguiu reparar nessa deficiência”.
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