Redação PG - AV
O jornalista guineense António Aly Silva, detido esta manhã pelos militares golpistas, foi libertado ao princípio da noite. Ao anunciar a sua libertação agradece a solidariedade por tantos manifestada reportando que foi vítima de agressões, sendo a mais grave uma coronhada que o feriu com alguma gravidade.
O desrespeito por profissionais da informação que se limitam a reportar acontecimentos como os ocorridos em Bissau, sem que sequer emitam opinião, é bem patente no que aconteceu hoje com Aly Silva. A impunidade de que estes criminosos gozam leva-os inclusive a assassinar jornalistas, na lusofonia temos casos desses na Guiné-Bissau, em Moçambique e em Angola. Hoje, em Bissau, repetiu-se o inadmissível ataque a um profissional da informação. Imaginamos que uma vez mais a impunidade será o prémio dos prevaricadores. Como faz notar Orlando Castro, em Alto Hama, para esses energumenos "Jornalista bom é jornalista morto". Porque temem a verdade e divulgação dos acontecimentos. Porque sabem que estão a fazer errado, certamente.
Felizmente tudo terminou (?) quase em bem, mas a injustiça e a violação ao direito inalienável de informar foram novamente pedra de toque que devia ser tomada em consideração e razão da respetiva punição legal aos prevaricadores. Bem vindo Aly Silva. Todos nós agradecemos e enaltecemos esse dote de coragem!
Obrigado Aly pela coragem e exemplo
(*) "Acabo de ser libertado, depois da coronhada que me cortou a orelha de cima abaixo. Um abraço e obrigado a todos quantos manifestaram a sua solidariedade perante esta gritante injustiça. Amanhã publico as fotos. Deus abençoe a Guiné-Bissau. António Aly Silva".
(*) Original em Ditadura do Consenso, de Aly Silva
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