O País (mz)
O governo tem conhecimento dos prejuízos que as infra-estruturas escolares ora destruídas estam a causar, quer no aproveitamento pedagógico, quer na qualidade de ensino.
Mais de cinco mil alunos da 1a à 7a classes do distrito de Morrumbala, na Zambézia, estudam ao ar livre devido ao desabamento de tectos nas suas respectivas escolas. O facto foi provocado pelos vendavais que fustigaram aquele distrito nos últimos três anos. Das 221 escolas existentes, o vendaval atingiu um total de 23, entre primárias e de ensino secundário geral.
O sofrimento, quer dos professores, quer dos alunos, é visível sobretudo neste período em que o distrito de Morrumbala tem estado a registar período de chuvas. Neste contexto, os petizes são forçados a ter que ficar sem aulas, comprometendo, deste modo, o nível de aproveitamento pedagógico, bem como o nível da qualidade de ensino que se pretende.
Um dos casos mais gritantes verifica-se na escola primária completa Eduardo Mondlane, situada na localidade de cuizi, interior do distrito de Morrumbala, onde uma escola construída em 2010 com fundos da Visão Mundial foi abaixo depois da passagem do vendaval em 2011. Na referida escola, existe um total de 22 turmas, sendo que 16 funcionam debaixo das mangueiras e outras cinco em salas de construção precária. Para além das paredes já registarem rachas acentuadas, desabou o tecto.
A direcção da escola Eduardo Mondlane diz que o assunto já foi comunicado ao sector da educação ao nível do distrito de Morrumbala para a solução do problema, contudo, não há nenhuma resposta e, como consequência, “os alunos vão pagando através do sofrimento que passam. Veja que os nossos quadros estão todos danificados, porque sempre que chove molham e não sabemos o que vamos fazer”, disse o director pedagógico, Júlio Ernesto, para quem estão a viver um autêntico abandono das autoridades, que nada fazem para solucionar o problema.
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