MMT - Lusa
Maputo, 12 abr (Lusa) - O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, apelou aos moçambicanos para não olharem para os recursos minerais como única forma de se sair da pobreza, porque, disse, apesar destes tornarem o país em referência mundial, não garantem emprego para todos.
"Importa aqui sublinhar que nem o carvão nem o gás são extraídos em cada um dos pedaços do nosso solo pátrio, nem estão em condições de gerar postos de trabalho para todos os moçambicanos nos locais onde são extraídos embora sejam pertença de todos nós, estejam onde estiverem", disse Armando Guebuza.
Falando na cerimónia de abertura da V sessão do Comité Nacional da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional, na Matola, arredores de Maputo, o chefe de Estado moçambicano exortou "em particular" os "combatentes da Luta de Libertação Nacional, individual ou coletivamente, a identificarem e a explorarem as oportunidades que se abrem em redor" desses grandes empreendimentos.
"A instalação destes projetos abre oportunidades para o surgimento de outros empreendimentos de pequena e média dimensão, sendo para aqui chamado o espírito empreendedor do moçambicano", disse.
Exemplificando, Armando Guebuza lembrou que a empresa brasileira Vale assinou o contrato para a extração do carvão de Moatize a 26 de junho de 2007, mas a sua primeira exportação foi feita a 14 de setembro de 2011, enquanto a petrolífera ENI prevê produzir o gás extraído da Bacia do Rovuma só em 2018.
"Na euforia dessas referências elogiosas e na impaciência de esperar pela maturação dos projetos que se pode sentir em alguns compatriotas nossos, nós, como combatentes, temos, ao mesmo tempo, o desafio de assegurar, por um lado, a preservação e consolidação da unidade nacional e da paz e, por outro, que a nação moçambicana não perca de vista a prioridade que deve dar à agricultura, ao turismo, aos serviços, entre outros setores", disse.
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