PMA - Lusa
Maputo, 12 abr (Lusa) - Mais de 80 mil famílias camponesas da província de Sofala, centro de Moçambique, poderão enfrentar uma situação de fome nos próximos meses devido à seca, indica um inquérito do Governo e do Programa Alimentar Mundial (PAM).
A avaliação, realizada em conjunto pelo PAM e pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, entidade governamental, refere que as famílias que vão ser atingidas pela fome perderam 120.738 hectares de culturas diversas, de um total de 535.529 hectares semeados na última campanha agrícola.
Os distritos de Nhamatanda, Búzi, Dondo, Muanza, Machanga e Chemba terão no conjunto mais de 50 por cento de famílias afetadas pela carência alimentar em Sofala, aponta-se no referido levantamento.
"Nessas regiões, as reservas alimentares disponíveis variam de zero a três meses. Há ainda uma tendência de redução do número de refeições diárias, de duas para uma na perspetiva de melhorar a gestão de reservas disponíveis", refere o estudo, citando Miguel Coimbra, diretor provincial da Agricultura de Sofala.
Para combater a fome, as famílias têm recorrido a "alimentos alternativos ou não preferenciais", normalmente não consumidos pelos camponeses em tempos de disponibilidade alimentar, acrescentou Miguel Coimbra.
Segundo o diretor provincial da Agricultura de Sofala, a distribuição de sementes de milho, feijão, hortícolas, batata-reno, estacas de mandioqueira e ramas de batata-doce é outra medida encontrada pelas autoridades para mitigar a fome na província.
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