segunda-feira, 30 de abril de 2012

Países da África Ocidental aprovam sanções contra militares revoltosos da Guiné-Bissau



RTP – Lusa, com foto

A Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO) decidiu hoje impor sanções contra os militares que tomaram o poder na Guiné-Bissau, considerando que o comando Militar "não deseja negociar", segundo um comunicado da organização divulgado em Banjul.

"Depois de doze horas de negociações" entre os países membros do grupo de contacto da CEDEAO e "uma só pessoa, o general António Indjai, chefe de Estado maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau e chefe do comando militar, tornou-se evidente que não deseja negociar e prefere claramente enfrentar as consequências", refere o texto do comunicado citado pela agência AFP.

A 13 de Abril, a CEDEAO já tinha condenado "formalmente e rigorosamente" a tentativa de golpe de Estado" na Guiné-Bissau, pela voz do ministro dos Negócios Estrangeiros da Costa do Marfim, Daniel Kablan Duncan. Desde então, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental discutiu e até decidiu, na passada quinta-feira, o envio de tropas para a Guiné-Bissau, de forma a estabilizar a situação política.

Nessa altura, os países da CEDEAO deram 72 horas aos militares para responder às exigências que resultaram de uma cimeira na Costa do Marfim. Entre as exigências estava a libertação do presidente interino, Raimundo Pereira, e do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior. Os dois governantes foram libertados mas, como se percebe desta mais recente tomada de posição da CEDEAO, os militares revoltosos guineenses não estarão dispostos a aceitar o resto das exigências.

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