Chefe da Oposição Faz de Conta |
O secretário-geral do PS afirmou, esta quarta-feira, que a ameaça da UGT de romper o acordo de concertação social demonstra que o Governo está mais isolado e apelou ao executivo para não assustar os portugueses com austeridade.
Falando numa conferência de imprensa conjunta com o líder dos socialistas espanhóis, Alfredo Rubalcaba, António José Seguro referiu já ter falado terça-feira sobre a situação da concertação social com o secretário-geral da UGT, João Proença.
"O PS respeita a autonomia do sindicalismo em Portugal e do sindicalismo da UGT. Parece-se importante realçar que o Governo português está cada vez mais isolado", criticou o secretário-geral do PS.
António José Seguro referiu que ainda recentemente o Governo rejeitou a proposta do PS para que haja um ato adicional ao Tratado da Orçamental da União Europeia, que "precisamente tinham como prioridade o crescimento económico e o emprego".
"Na terça-feira, os portugueses ficaram a saber que o secretário-geral da UGT também se queixa que as partes relativas ao crescimento e ao emprego que constam do acordo de concertação social não estão a ser concretizadas. Este é um alerta forte para que o Governo perceba que tem de mudar de caminho, de política, dando mais prioridade ao emprego e ao crescimento económico", acrescentou António José Seguro.
Confrontado com a possibilidade de o executivo PSD/CDS de reduzir a partir de novembro as indemnizações por despedimento, Seguro observou que este mês "o Governo tem sido pródigo em revelar várias coisas e em algumas delas até recua depois de as anunciar".
"O que é importante é que o Governo não assuste os portugueses com mais medidas de austeridade. O Governo está comprometido em apresentar um estudo no Parlamento - e esse estudo deve ser sério e profundo. Só falarei quando conhecer esse estudo", frisou o líder dos socialistas.
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