segunda-feira, 16 de abril de 2012

Timor-Leste/Eleições: Segunda volta sem incidentes mas abstenção poderá ser alta



MSE - Lusa

Díli, 16 abr (Lusa) - A segunda volta das eleições presidenciais de Timor-Leste, disputadas por Francisco Guterres Lu Olo e Taur Matan Ruak, decorreu hoje sem incidentes de relevo, mas com a perspetiva de uma abstenção alta.

Com uma presença policial bem visível em todas as assembleias de voto visitadas pela Lusa, a votação decorreu, segundo fonte policial, sem registo de incidentes de relevo em todo o território nacional.

À semelhança da primeira volta, os eleitores timorenses preferiram votar durante o período da manhã, mas a afluência às urnas poderá ter sido menor, segundo vários observadores internacionais, em relação à votação de março, quando votaram 78,2 por centos dos renceados.

As urnas abriram às 07:00 (23:00 de domingo em Lisboa) e encerraram às 15:00 (07:00 em Lisboa).

"Acho que todo o cidadão timorense se deve sentir orgulhoso, principalmente pela maturidade que nós já temos demonstrado", disse à agência Lusa o eleitor Fernando Encarnação, após ter exercido o seu direito de voto, acrescentando que o povo de Timor-Leste "está de parabéns".

Numa assembleia de voto em Díli, Eveliana Menezes e Antonieta Silva acompanharam sem sair do lugar o período eleitoral.

"As eleições são importantes, quero acompanhar, é a festa da democracia de Timor-Leste. Vai correr tudo bem", disse Eveliana Menezes.

Para hoje estão ainda previstas conferências de imprensa para um balanço eleitoral do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), responsável pela organização do escrutínio, e da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL).

Disputaram a segunda volta das presidenciais, Francisco Guterres Lu Olo, apoiado pela Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), e Taur Matan Ruak, ex-chefe das Forças Armadas, apoiado pelo Conselho Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT) do primeiro-ministro, Xanana Gusmão.

O STAE divulga ainda hoje os primeiros resultados provisórios do escrutínio que vai eleger o terceiro Presidente do país, desde a restauração da independência a 20 de maio de 2002.

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