quarta-feira, 11 de abril de 2012

Vale-Moçambique admite que casas de trabalhadores precisam de melhoramentos



MMT - Lusa

Maputo, 11 abr (Lusa) - O diretor da empresa brasileira Vale-Moçambique, Ricardo Saad, reconheceu hoje que "há melhorias a serem feitas" para corrigir os defeitos das casas atribuídas pela empresa às 750 famílias que foram transferidas para Cateme, em Moatize, em Tete.

Falando à Lusa, em Maputo, à margem da cerimónia de assinatura do acordo de venda de cinco por cento do capital social da mineira brasileira ao Estado moçambicano, Ricardo Saad disse que "a Vale reconhece que há melhorias a serem feitas" e que entretanto "tudo que foi feito foi feito com ampla participação popular e da administração de Moatize".

Em janeiro, 750 famílias protestaram contra a brasileira Vale por as ter transferido para zona de Cateme, na província de Tete, no centro do país, onde denunciaram que havia dificuldades de acesso à água potável, terra arável e energia elétrica.

Os residentes de Cateme montaram barricadas na estrada e na linha de caminho de ferro, protestando contra a demora da empresa mineira Vale Moçambique na resolução de problemas associados ao processo de reassentamento.

Na altura, a mineira brasileira Vale reconheceu a justeza das reivindicações, assegurando que iria corrigir os defeitos das casas atribuídas pela empresa às 750 famílias.

Hoje, o diretor da Vale-Moçambique considerou, entretanto, que "o processo de transferência de Cateme foi muito aberto e participativo", mas, referiu, este "é um processo contínuo de melhoria.

O processo de realojamento das famílias abrangidas, lançado em 2009, está avaliado em 120 milhões de dólares, mas até à altura das reivindicações foram investidos cerca de 100 milhões de dólares.

"Houve uma demanda para algumas melhorias, principalmente, no sistema de água. O sistema que foi implantado precisa de melhoria, mas estamos a fazer. Vamos continuar a fazer", disse Ricardo Saad.

O responsável defendeu que "aquelas pessoas que estão em Cateme - que saíram do local onde tem a mina em prol da sociedade moçambicana - precisam de ser bem atendidas, morar numa comunidade com uma boa qualidade de vida".

"É isso que a Vale se comprometeu a fazer e continua a fazer", garantiu.

Sem comentários:

Mais lidas da semana