quarta-feira, 9 de maio de 2012

Bissau: Frente anti-golpe pede a deputados para evitarem "engenharias parlamentares"



FP - Lusa

Bissau, 09 mai (Lusa) - A Frenagolpe, que junta partidos e organizações contra o golpe militar na Guiné-Bissau de 12 de abril, pediu hoje aos "deputados patriotas" para que não se envolvam "em engenharias parlamentares destinadas a legitimar golpes de Estado".

O apelo surgiu num comunicado em que a Frente Nacional Anti-Golpe (Frenagolpe) também "denuncia e refuta os fantasmas" de que a reposição da ordem constitucional "pode conduzir a uma guerra civil, uma vez que, no país, não existem duas forças armadas em presença".

A Frenagolpe considera que o Conselho de Segurança das Nações Unidas fez na segunda-feira um "diagnóstico correto" da situação na Guiné-Bissau.

Congratula-se ainda com a recomendação ao secretário-geral da ONU para se envolver ativamente na coordenação de esforços da mediação internacional, envolvendo a União Africana, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Além de felicitar o Conselho de Segurança pela "reafirmação à firme condenação do golpe de Estado", a Frenagolpe também saúda o Conselho pela "firme oposição a qualquer operação de cosmética visando legitimar o golpe, bem como a sua decisão de sancionar os golpistas e os seus apoiantes".

A propósito do golpe de Estado na Guiné-Bissau perpetrado em 12 de abril por um Comando Militar, o secretariado nacional das mulheres do PRS (Partido da Renovação Social, segundo maior) defendeu também hoje, em comunicado, ser a CEDEAO a entidade mais "credível e apta" para procurar soluções para a crise no país.

Na semana passada, no Senegal, a CEDEAO apresentou um plano segundo o qual a Guiné-Bissau devia escolher um Presidente interino através do parlamento, preconizando um período de 12 meses até haver eleições gerais. Uma decisão "que conduzirá o país para a paz", diz o comunicado.

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