sábado, 12 de maio de 2012

Brasil: Áreas pacificadas fazem crescer número de matriculados em escola




Correio do Brasil, com ACS – do Rio de Janeiro

Antes subutilizados por conta da violência, colégios atraem jovens de outras regiões

A implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em comunidades antes dominadas pelo crime organizado começa a influenciar os resultados da educação no estado. Com a segurança estabelecida, 15 escolas estaduais – muitas delas antes subutilizadas por conta da violência – viram o número de matrículas aumentar 28% este ano, o equivalente a 2.830 alunos.

Nas 139 localizadas no entorno das favelas, o números de estudantes saltou de 52.879 no ano passado para 62.860 em 2012.

– Quando vim para o Colégio Herbert de Souza, o Turano já era pacificado e isso me tranquilizou – disse o estudante Landerso Jesus da Silva, 16 anos.

Já Vanuza de Souza, 15, quis fugir do destino reservado a muitos dos jovens da comunidade: a associação ao crime.

– Além de ficar muito perto da minha casa, a escola tem boa estrutura. Quero concluir o Ensino Médio e dar melhores condições à minha família – afirmou a aluna do primeiro ano.

Aumento também na rede municipal

Dados da Secretaria Municipal de Educação mostram que o total de alunos das escolas da Prefeitura do Rio em áreas pacificadas também cresceu – foram 80.754 matrículas em 2012 contra 77.667 em 2011.

Além do aumento no número de matrículas, outro problema superado foi a dificuldade de manter os professores.

Professores mais seguros

No Colégio Estadual Monteiro de Carvalho, em Santa Teresa, por exemplo, a realidade mudou após a instalação das UPPs do bairro.

– Antes, recebíamos apenas os estudantes da região. Agora, atraímos jovens até de outros municípios.

Hoje, atendemos a 1.490 alunos e temos capacidade para mais, porque os professores agora se sentem seguros e não faltam às aulas no turno da noite – disse o diretor Angelo dos Santos.

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