Alexis Tsiprasm, líder do Syriza - foto LOUISA GOULIAMAKI/AFP |
Jornal de Notícias
A Coligação da Esquerda Radical (Syriza), que obteve o segundo lugar nas legislativas antecipadas na Grécia, apelou esta noite à formação de um "governo de esquerda" para "denunciar o memorando" de resgate internacional.
Os resultados do escrutínio "privaram o memorando de qualquer legitimidade", considerou o líder da Syriza, Alexis Tsipras, numa referência aos acordos assinados desde 2010 entre os dois últimos governos e os credores internacionais (União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco central europeu) e que prevêem fortes medidas de austeridade em troca de um empréstimo de 240 mil milhões de euros.
"O nosso programa é um governo de esquerda que anule o memorando (...) faremos tudo para que o país tenha um governo que denuncie o acordo que nos foi imposto", insistiu o líder da Syriza, uma das grandes surpresas das legislativas antecipadas de hoje.
De acordo com uma sondagem à boca das urnas, o seu partido deverá garantir 47 lugares no Parlamento, um resultado que poderá impedir a formação de uma coligação maioritária dos partidos favoráveis ao cumprimento do acordo com a 'troika' internacional e justificado para evitar a falência do país.
Os líderes dos dois partidos do centro, a Nova Democracia, que ganhou hoje as eleições legislativas, e os socialistas do PASOK, que ficou em terceiro lugar, já apelaram à formação de um governo de salvação nacional para manter a Grécia na zona euro.
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