Expresso
Líder da esquerda radical Alexis Tsipras diz que há uma aliança entre a Nova Democracia, o Pasok e o Dimar com vista a um governo interino de dois anos para aplicar o programa "criminoso" de austeridade.
Um acordo foi concluído entre três partidos - conservadores, socialistas e um pequeno partido de esquerda -, para um governo interino de dois anos encarregado de aplicar um programa de austeridade "criminoso" na Grécia, afirmou hoje o líder da esquerda radical após a reunião com o presidente da República, Carolos Papoulias.
"Três partidos acordaram um plano para um governo de dois anos para aplicar o acordo sobre o empréstimo (de resgate da Grécia). Têm 168 deputados (em 300) no novo parlamento, têm a maioria", declarou Alexis Tsipras, líder da coligação Syriza, referindo-se a uma aliança entre os conservadores da Nova Democracia, os socialistas do Pasok e o Dimar.
A reunião durou cerca de hora e meia, mas à saída, o líder dos socialistas do Pasok, Evangelos Venizelos, disse manter "um otimismo limitado", enquanto o dirigente dos conservadores da Nova Democracia, Antonis Samaras, referiu que as negociações iam continuar.
O pequeno partido de esquerda grego Dimar veio desmentir a afirmação do líder da esquerda radical de que tinha feito um acordo de coligação governamental com os conservadores e os socialistas.
"É uma vergonha ... é uma mentira difamatória", indicou o partido em comunicado, enquanto continuam a decorrer as reuniões entre o presidente da República, Carolos Papoulias, e os partidos mais pequenos para encontrar uma saída do impasse criado com as legislativas de 6 de Maio.
O Syriza recusou participar ou apoiar qualquer coligação que defenda a aplicação do programa de austeridade exigido pela troika.
A Nova Democracia, a Syriza e o Pasok foram os três partidos mais votados nas eleições.
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