Carlos Abreu - Expresso
Partida dos militares portugueses integrados Força de Reação Imediata é "sinal de que há fumo branco na Guiné", disse ao Expresso o porta-voz do comando militar.
O comando militar da Guiné-Bissau desconhecia que os navios e o avião da Força de Reação Imediata enviada pelo Ministério da Defesa, na sequência do golpe de Estado de 12 de abril, já tinha recebido ordem para regressar a Portugal.
"Não sabia da retirada das forças portuguesas. Sabia apenas que tinha como missão o resgate de cidadãos portugueses. É um sinal de que há fumo branco na Guiné", disse ao Expresso o porta-voz do comando militar.
Segundo Daba na Wana, que garante nunca ter avistado qualquer navio ao largo de Bissau, "a vida voltou à normalidade, o comércio abriu e não há qualquer clima de tensão".
"Falta apenas um Governo e sem um governo não podemos dizer que o país está normal" - frisou Daba na Wana.
Ordem de retirada
Na sexta-feira, dia 4, o Ministério da Defesa determinou a "retração" dos meios militares - duas fragatas, uma corveta, um navio reabastecedor e um avião P3-Orion - destacados para a região da Guiné-Bissau.
No comunicado então divulgado pode ler-se que a decisão tem em conta "as condições de segurança da comunidade portuguesa na Guiné-Bissau" e a situação de "abertura das fronteiras terrestres, marítimas e aéreas que tem permitido um fluxo normal de entradas e saídas do território".
Desde 19 de abril que as fronteiras estavam abertas, tendo a TAP realizado o primeiro voo comercial após o golpe de Estado a 23 de abril.
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