sexta-feira, 25 de maio de 2012

Marcha Nacional das Vadias ocupará ruas do Brasil em luta contra o machismo



Pulsar - foto: Paulo Toledo

A Marcha Nacional das Vadias será realizada em 14 cidades neste sábado (26). O movimento repudia os padrões de uma sociedade machista que responsabiliza as mulheres pela violência de gênero.

A mobilização teve início em Toronto, no Canadá, quando um policial disse que, para evitar estupros, as mulheres deveriam deixar de se vestir como vadias. Desde então, se tornou um movimento internacional e se espalhou por países como Argentina, Colômbia, México, Nicarágua, Índia, Portugal, Alemanha, Estados Unidos, Holanda, Inglaterra, França e Israel.

Denise Simeão, organizadora da Marcha das Vadias em Campinas, São Paulo, destaca que a ideia é mostrar que, apesar de avanços da luta pela igualdade entre os gêneros, a opressão sofrida pelas mulheres ainda está no cotidiano das brasileiras. De acordo com a pesquisa Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado, da Fundação Perseu Abramo, a cada 15 minutos uma mulher é estuprada no país.

Diante dessa realidade, Denise aponta a contradição: "ao mesmo tempo que a sociedade coloca para a mulher que ela deve ser sexy e precisa mostrar seu corpo, quando mostra ela sofre violência". A ativista, que também integra a Articulação Mulher e Mídia, critica a mercantilização feminina em propagandas, novelas, enfim, nos meios de comunicação de massa.

Como forma de protesto, ativistas passaram a marchar com roupas transparentes, curtas, apenas de sutiãs ou mesmo sem eles. No site da Marcha Nacional das Vadias, explicam que se apropriaram do nome por ser uma palavra dirigida às mulheres diante de qualquer ato de liberdade sexual. Neste final de semana, as manifestações pelo país levarão o lema: “Porque se ser livre é ser vadia, então somos todas vadias!”. (pulsar)

2 comentários:

Anónimo disse...

Estas marchas têm todas o mesmo propósito: afirmar que qualquer que seja o comportamento da mulher feminista, ela não pode ser criticada por isso. Ela pode dormir com 40 homens numa semana mas não quer ser censurada por isso. Se algum homem a censurar, então ele é um machista.


O feminismo tem como um dos seus propósitos isto mesmo: tornar o comportamento feminino livre de qualquer tipo de crítica ou censura (politicamente correcto). A forma de anular esta mentalidade é fazer exactamente o que elas não querem que seja feito em relação a elas (embora elas o façam em relação aos homens): juízos de valor em relação ao seu o comportamento. Toda a sociedade passa por isso - até as crianças - e como tal, não há motivos para se excluir as mulheres.

Anónimo disse...

"Acredite ou não, minha saia curta não tem NADA a ver com você"

Não tem mesmo, pois felizmente não tenho o desgosto de ter uma filha se vestindo como BISCATE PARTICIPANDO DESSA INSANIDADE !!!

Mais lidas da semana