... para potenciar benefícios regionais
NME - Lusa
Luanda, 14 mai (Lusa) - Os ministros do Comércio da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) acordaram hoje desenvolver as relações comerciais entre os seus estados para potenciar benefícios ao nível das regiões que integram e analisaram possibilidade de criar um Fundo de Investimento.
A decisão de reforçar a cooperação ao nível do comércio e do investimento, tendo em vista potenciar benefícios económicos nas regiões em que cada Estado-Membro está integrado, consta da Declaração de Luanda saída da primeira reunião de Ministros do Comércio da CPLP, realizada hoje na capital angolana, e que contou com a presença do ministro da Economia de Portugal, Álvaro Santos Pereira.
Os ministros anunciaram ainda que se irá realizar entre, 06 e 07 de julho, um fórum, organizado pelo Comité Directivo da Confederação Empresarial da CPLP que dever constituir "um sinal claro" do interesse que o setor empresarial confere à diretiva do Conselho de Ministros desta organização lusófona.
Ainda de acordo com o documento saído do encontro em Angola, o desenvolvimento da cooperação económica entre os Estados-membros da CPLP passa pela implementação de medidas que permitam ultrapassar as dificuldades estruturais que impedem o crescimento do comércio e do investimento.
A melhoria do ambiente de negócios, da capacitação institucional e empresarial e dos mecanismos de financiamento são os principais aspectos a ter em conta para o desenvolvimento do comércio e do investimento entre países da CPLP, segundo a Declaração de Luanda.
Para a promoção do comércio, os ministros acordaram adotar medidas no sentido de se desenvolverem parcerias de complementaridade, com vista a potenciar capacidades produtivas para o reforço da oferta nos respetivos mercados regionais e elaborar um plano de acção nos domínios da normalização e qualificação.
Para ultrapassar os obstáculos ao desenvolvimento do investimento, várias vezes apontados por empresários dos Estados-membros, os ministros acordaram, entre outros aspetos, "apoiar os esforços com vista à facilitação da circulação e fixação de empresários e investidores dos Estados-membros e estimular sinergias entre as agências nacionais de comércio e investimento dos Estados-membros".
Ao nível do financiamento, os ministros avaliaram ainda a possibilidade de criação de um Fundo de Investimento, que deve aproveitar "sinergias de instituições existentes".
Na Declaração de Luanda foi também decidida, em matéria de financiamento, a promoção de trocas de experiências entre os países da comunidade sobre a partilha de riscos e o encorajamento, onde for necessário, da criação de instrumentos nacionais para dar resposta a dificuldade de acesso a capitais pelas pequenas e médias empresas.
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