quarta-feira, 2 de maio de 2012

MP deduz acusação contra quatro membros da Renamo por posse de armas proibidas



PMA - Lusa

Maputo, 02 mai (Lusa) - O Ministério Público moçambicano deduziu acusação contra quatro membros da Renamo, o principal partido da oposição, por detenção de armas proibidas, disse hoje o Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Paulino.

Na Informação Anual sobre a situação da criminalidade no país, o PGR disse na Assembleia da República que os acusados, cujos processos foram já submetidos ao tribunal, fazem parte de 33 pessoas detidas na sede da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) na província de Nampula, norte de Moçambique, durante um confronto entre a polícia e ex-guerrilheiros do partido em março.

Das 33 pessoas inicialmente detidas, 29 foram libertadas, após a triagem, afirmou Augusto Paulino.

O PGR disse que decorre a instrução preparatória para o apuramento dos autores de um homicídio qualificado do agente da polícia morto nas escaramuças e do ferimento noutro e do crime de cárcere privado de que foi alegadamente vítima um cidadão raptado pelos ex-guerrilheiros da Renamo.

No seu primeiro pronunciamento público sobre o confronto, que agitou a província de Nampula, Augusto Paulino afirmou que as vítimas resultaram da troca de tiros entre as duas partes, após a polícia moçambicana ter tomado medidas de controlo à volta da sede da Renamo, "face à concentração pouco habitual das pessoas naquele local".

Os "homens da Renamo", como são conhecidos os antigos guerrilheiros do ex-movimento rebelde, hoje principal partido da oposição, agruparam-se em janeiro na sede em Nampula.

Os ex-guerrilheiros concentraram-se na sede do partido por ordens do seu presidente, Afonso Dhlakama, para garantirem segurança às manifestações que ameaçava levar a cabo contra a suposta ditadura da governação da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, mas que até hoje não se realizaram.

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