sexta-feira, 4 de maio de 2012

NINGUÉM SAI À RUA! DEIXEM AS RUAS E O PAÍS PARA “ELES”! NINGUÉM SAI À RUA!

  *Cocó, Ranheta e Facada - os três da "vidairada”
António Veríssimo – Página Lusófona

ATREVAM-SE!

Poderá ser utópico, mas a utopia também pode corresponder à concretização de propostas que depois de realizadas fazem com que o mundo pule e avance. A utopia também é um dos bens maiores da humanidade.

E que tal contestar as políticas do governo português sem ter de vir para a rua desgastar-se e dar o prazer à PSP de praticar a violência sobre os cidadãos sem razões que justifiquem?

E que tal protestar de modo inovador e original? E que tal não sair à rua, deixar as ruas das cidades e vilas completamente desertas, deixar o país para “eles” – por um dia, por dois, por três dias - como forma de exigir condições aos que detêm os poderes, que estamos fartos das injustiças que têm vindo a impor aos portugueses?

Utópico. Impossível de concretizar? Não. Só na mente de quem não consegue imaginar a importância de os cidadãos de uma cidade como Lisboa, ou Porto, ou outra qualquer, cidadãos de um país, não saírem à rua, deixando as cidades desertas, o país praticamente deserto devido a uma consciente e justa contestação, é que pode desvalorizar tal iniciativa e não participar nela.

Conversas de manicómio? Não. É perfeitamente possível. Imagine um país “deserto”, em que a sua população não sai de casa, não se vendo vivalma nas ruas, com todos os setores paralizados. Sem um grito, sem palavras de ordem, só o silêncio absoluto dos que fartos de contestar bem alto optam por novas formas de contestação (provavelmente muito inédita). Junte-se-lhe mais um pormenor: Panos pretos nas janelas. Um país em silêncio e de luto. Por um dia, por dois dias, por… Atrevam-se!

Quem se atreve?

*Fotografia a que não resisti, em cache da Lusa, muito “fresquinha”, de agora mesmo.

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