sábado, 12 de maio de 2012

NO PAÍS AO CONTRÁRIO



jorge fliscorno – Aventar, com foto

No país ao contrário, nem a lei da gravidade funciona e as coisas são puxadas para cima. Para cima, desde a primeira instância até ao constitucional.

No país ao contrário, os cabrões começam na ralé e acabam na Suíça. Na Suiça, das contas numeradas e dos primos taxistas.

No país ao contrário, as prima-donas da justiça dizem-se incapazes. Incapazes de meter a ferros os cabrões que usam a lei de puxar para cima.

No país ao contrário, roubar comida dá prisão. A prisão de onde os cabrões se esgueiram.

Esgueiram-se e ainda são aclamados.

E o burro sou eu?

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