Introdução
Passos olha para desemprego "como uma oportunidade"
Vitor Rodrigues Oliveira – RTP, com áudio - 11 Mai, 2012
Depois do debate quinzenal o PM foi dar posse ao Conselho Nacional para o empreendedorismo e inovação. Passos Coelho enviou recados aos desempregados, para que não cometam sempre os mesmos erros, e encarar o desemprego como algo que não tem de ser necessariamente negativo.
Passos Coelho está "ausente da realidade"
Líder do PS António José Seguro diz que a declaração de Passos sobre o desemprego foi má demais e chocou os portugueses.
À margem da conferência do Laboratório de Ideias e Propostas para Portugal (LIPP), subordinado ao tema "Democracia e Participação Política", o secretário-geral do PS António José Seguro foi questionado sobre as declarações de sexta-feira do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, reiteradas ontem, de que o desemprego pode ser uma oportunidade.
"Foi mau demais e eu penso que os portugueses estão todos chocados com estas declarações do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. Isto é próprio de um primeiro-ministro que está ausente da realidade e que não sente o sofrimento e o drama dos milhares de portugueses que neste momento não têm um emprego", condenou.
O secretário-geral do PS afirmou ainda que o desemprego "é um drama social e aquilo que os portugueses esperam do Governo é que tenha políticas e propostas para responder a este drama e a este flagelo".
"Quem fez as declarações foi o primeiro-ministro. Ele é o responsável por aquilo que disse e o que disse chocou os portugueses. Eu já tive oportunidade de ouvir muitas pessoas que na rua me cumprimentaram e se me dirigiram estavam profundamente chocadas e indignadas com estas declarações do primeiro-ministro", respondeu aos jornalistas.
Na opinião de Seguro, "o que é exigido" a Pedro Passos Coelho "é que acabe com este drama e nesse sentido as palavras do senhor primeiro-ministro são palavras que chocam os portugueses".
O primeiro-ministro afirmou ontem que "mantém" as afirmações sobre o desemprego poder ser uma oportunidade e acrescentou que Portugal "está cansado das crises artificiais" que querem "aproveitar qualquer coisa" para tentar criar "uma tensão enorme no país".
"Acho que o país está um bocadinho cansado das crises artificiais e desta tentativa de distorcer e de aproveitar qualquer coisa para querer fazer uma tensão enorme no país. Sei bem o que disse e mantenho o que disse", afirmou Pedro Passos Coelho, em declarações aos jornalistas.
Opinião Página Global
António José Seguro, o Partido Socialista pseudo opositor, todos os outros partidos políticos, podem dizer tudo e mais alguma coisa sobre o PM e o PR (não ponham o PR fora das responsabilidades), contudo, se nada fizerem para que Portugal mude de rumo podem estar cientes de que as suas palavras vão sempre cair em saco roto, tendo por destino o esgoto da indiferença. Passos Coelho, este governo, o PR Cavaco, já demonstraram que são obstinados sem escrúpulos que tudo farão para levar as suas políticas de empobrecimento e de decisões feudalistas às últimas consequências.
Portugal está a dar tempo demais de ação a este bando de ressabiados, de revanchistas, de representantes de poderes ocultos e adversários da justiça social, da Justiça, da liberdade e da democracia. Passos Coelho, principalmente, já provou com todas as suas mentiras, constatadas desde a primeira hora em PM, que não tendo escrúpulos vai fazer e dizer tudo que lhe der na real gana sem se importar que seja prejudicial ou ofensivo para os portugueses mais vitimados pelas suas desastrosas políticas. Tanto fará que nos mande emigrar (como fez) como diga que estar desempregado é uma oportunidade positiva num país em que o flagelo do desemprego é enorme, em que há fome, em que famílias perdem empregos, as suas casas, e se vão desmembrando como corpos em decomposição.
Pouco importa a Passos que o país se esteja a decompor desde que lucrem e se salvem aqueles cujos interesses representa e por quem impõe à maioria dos portugueses medidas draconianas de austeridade rumo à miséria. Passos está consciente da realidade, ao contrário daquilo que afirma Seguro. Pesa o facto de ser um político sem escrúpulos, descarado, mentiroso como nunca antes existiu em Portugal. Tudo com o aval efetivo de Cavaco Silva.
É a todos os interessados, é ao PS e a todos os deputados honestos e por bem de Portugal e dos portugueses (cujos interesses deviam representar) que têm de estar conscientes da realidade e cortar o passo às políticas erradas de Passos-Cavaco. Gente assim, sem escrúpulos, já vimos durante o salazarismo. Portugal venceu-os. E agora? (Redação PG – LV)
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