O líder do PS transmitiu ao Presidente da República a situação política do país que considera grave e voltou a criticar as atitudes do Governo que têm enfraquecido o consenso nacional.
Poucas palavras para resumir à saída de Belém aquilo que tem sido o essencial da postura do PS nos últimos dias. Seguro tem-se queixado de quebras no consenso político por parte do Governo. Foi isso que veio dizer ao PR.
Depois da «rutura democrática» no 25 de abril, depois do «boa viagem» dirigido ao primeiro-ministro, depois do rol de críticas relacionadas com o Documento de Estratégia Orçamental, Seguro quis também transmitir ao chefe de Estado a análise que faz da situação do país
«Tive oportunidade de transmitir ao senhor Presidente da República, como é minha obrigação como dirigente político máximo do Partido Socialista, a minha visão sobre a situação política do país, que é, como sabem, atendendo às minhas declarações públicas, uma situação que eu considero grave e bastante preocupante», afirmou António José Seguro aos jornalistas.
O líder socialista não quis revelar o conteúdo da audiência com o Chefe de Estado, que durou cerca de uma hora e quinze minutos, no Palácio de Belém, em Lisboa.
«Estou aqui com a mesma postura de sempre, apaziguar os problemas, encontrar soluções, fazer parte das soluções, e não aumentar os problemas. Eu vim aqui em nome da defesa do interesse nacional, foi essa razão que motivou o pedido desta audiência, e é em nome também do interesse nacional que me devo deter em mais considerações neste momento», disse.
Seguro reforçou que são conhecidas as suas «posições sobre a evolução política no país, em termos recentes, e, designadamente, aquelas que, do lado do Governo, têm contribuído para o enfraquecimento do consenso político», reiterando que «esta é a altura de contribuir para as soluções».
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