sábado, 12 de maio de 2012

Serifo Nhamadjo continua sábado consultas para escolha de primeiro-ministro



FP - Lusa

Bissau, 11 mai (Lusa) - Serifo Nhamadjo, designado Presidente de transição da Guiné-Bissau numa reunião realizada na quinta-feira com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), vai continuar no sábado a ouvir os partidos para a escolha de um primeiro-ministro.

"Fazer a audição de 35 partidos não é fácil", disse numa cerimónia em Bissau, que serviu para se despedir da delegação da CEDEAO presente no país durante dois dias, chefiada pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, Nurudeen Muhammad, e que integrou também o ministro da Defesa da Costa do Marfim, Paul Koffi Koffi.

Serifo Nhamadjo agradeceu os esforços da CEDEAO "na resolução desta primeira etapa do conflito" no país e falou "de outras forças que a todo o custo querem ver a Guiné-Bissau incendiada para resolver os problemas", enquanto aquela organização regional preferiu o diálogo.

Depois disse que o país precisa de se "reencontrar para resolver os seus problemas", bem como "a família política", frisando que é membro do bureau político do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), no qual agora há duas fações, "um PAIGC de Amílcar Cabral e um PAIGC de Carlos Gomes Júnior".

Em 12 de abril, um autodenominado Comando Militar realizou um golpe de Estado que derrubou o Presidente interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro e candidato a Presidente Carlos Gomes Júnior, que tinha ganho a primeira volta das eleições presidenciais.

Apelando ao diálogo como "resolução de todos os conflitos", pediu a militares e políticos para que ponham as diferenças de lado e "pensem no país", para "fazer uma transição respeitável".

Quanto à escolha de um primeiro-ministro, apelou ao "bom senso de todos" para num curto espaço de tempo se encontrar uma "figura ideal" e para que se comece a próxima semana "já com algo de concreto".

E ao povo pediu que esteja atento e localize "os autores de distúrbios e desobediência" e "os que querem transformar o país num país desgovernado".

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