terça-feira, 5 de junho de 2012

Moçambique: Dissidentes da Renamo queixam-se de humilhações no MDM



Angola Press, com foto em Lusa

Nampula - Pelo menos 40 membros da Renamo que há três anos abandonaram o partido para se filiarem no Movimento Democrático de Moçambique (MDM) em Nampula, regressaram hoje (terça-feira) ao partido, devido a "humilhações e perseguições" que dizem ter sofrido no MDM.

O ato oficial de refiliação decorreu numa unidade hoteleira em Nampula e foi testemunhado por José Maria, chefe de Recursos Humanos da Renamo e antigo deputado à Assembleia da Republica, noticia a LUSA.

De acordo José Maria, 11 membros da Renamo, o principal partido da oposição em Moçambique, que militavam no MDM no distrito de Nacala, incluindo o respectivo delegado, Aurélio Adriano, já regressaram ao seu anterior partido.

Cenário idêntico, disse, ocorreu no vizinho distrito de Monapo onde José Naitel, antigo guerrilheiro e delegado da Renamo em Mogincual que, em 2009 abandonou o partido para aderir ao MDM, confirma ter arrastado multidões para a sua antiga formação política.

Naitel apresentou hoje um grupo de 32 elementos que se consideram arrependidos pelas alegadas perseguições no seio do partido liderado por Daviz Simango, presidente do município da Beira, em Sofala, centro de Moçambique.

Naitel acusa Simango de promover o tribalismo e regionalismo no seio do MDM, colocando apenas os seus familiares nos diferentes órgãos de direcção do partido.

"Daviz Simango é um tribalista. Todos os oito membros da bancada do MDM na Assembleia da República, incluindo o próprio chefe, Lutero Simango, são familiares do presidente. Isso não acontece na Renamo", acusou Naitel.

Em Nampula, o MDM vive um ambiente conturbado, devido a conflitos internos. Duas alas diferentes disputam a direcção do partido, facto que faz com maior parte dos seus membros opte pelo abandono da formação política.

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