quinta-feira, 21 de junho de 2012

Portugal - Parlamento: PS vai abster-se na moção de censura ao Governo



Público - Lusa

O PS vai abster-se, na segunda-feira, no Parlamento, na votação da moção de censura do PCP ao Governo. Os socialistas discordam da fundamentação da iniciativa dos comunistas, contudo alegam, por outro lado, que o PS também é oposição ao Executivo.

A posição dos socialistas foi transmitida pelo líder parlamentar, Carlos Zorrinho, no final de uma reunião da Comissão Política do PS, que durou cerca de três horas.

Carlos Zorrinho referiu que, durante a reunião, não houve votação sobre o sentido de voto dos deputados socialistas face à moção de censura do PCP, mas adiantou que a opção pela abstenção “foi consensual”.

“O PS é oposição a este Governo, mas não deseja uma crise política e não acompanha as propostas de criar esse contexto de crise política feita por um partido [o PCP] que não tem qualquer alternativa construtiva para o país. Por isso, o PS vai abster-se na votação da moção de censura que foi apresentada pelo PCP”, declarou o líder parlamentar socialista.

Interrogado sobre o motivo por que não votam contra a moção de censura do PCP, tendo em conta que estão contra a fundamentação desta iniciativa, Carlos Zorrinho referiu que “o PS se assume como oposição ao Governo”.

“Há muitas razões para censurar o Governo e a política que está a ser posta em prática não é uma boa política. O PS não está ao lado do Governo, mas é construtivo e a moção de censura do PCP não contribuiria em nada para resolver os problemas dos portugueses”, sustentou.

Confrontado com a acusação do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, de que o PS está “em cima do muro”, Carlos Zorrinho rejeitou e contrapôs: “O PS está no centro das preocupações das pessoas”.

“Há em Portugal três espaços políticos marcados: o da direita seguidista, sem capacidade de desenvolvimento do país; o de uma esquerda retórica sem propostas construtivas; e o do PS, partido que nos planos europeu e nacional luta para criar melhores condições para o futuro do país”, acrescentou.

Opinião Página Global

O comportamento do (PS) Partido pseudo-Socialista era perfeita previsível. É uma notícia não notícia ou, se quisermos, a confirmação de que o tal PS não passa de mais uma extensão rosada do PSD formando um e outro os ilusoriamente auto-denominados Governos de Alternância. Que os seus comportamentos se assemelham às prostitutas dos bares de Alterno poderemos concordar. É sempre a ver quem lhes dá mais valores, influências, poderes e vidas fáceis, só que as quecas recaem sempre sobre o povo, quer no engano ou na corrupção, quer nos conluios ou no regabofe que faz de Portugal país propriedade só de alguns com a maioria a ser completamente relegada no respeito devido à sua cidadania, aos seus direitos.

Caminhamos a passos largos para o 24 de Abril Salazar-Marcelista com a diferença de que desta vez os protagonistas devem ser etiquetados com os nefastos nomes de um Cavaco Silva de ampla negritude e dúbia representação democrática, com os seus “muchachos” Passos-Portas e Seguro, entre outros. Eis que o PS tem metade das responsabilidades pelo mal de que o povo e o país têm sido vítima. Até quando é o que falta saber. No dia em que se acabar a vaselina ao povo tudo passará a ser muito mais doloroso. Diz quem sabe. Principalmente os que se fartaram de levar quecas Salazaristas. Depois não se queixem… E escusam de iniciar uma corrida à vaselina nas farmácias. Há uma fase em que nem a vaselina alivia. Quem cala consente. (Redação PG – AV)

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