Uma oposição de Faz de Conta |
O PS acusa o primeiro-ministro de ter ignorado hoje, no balanço do primeiro ano de governação, que o país tem mais de um milhão de desempregados e de as falências terem aumentado 55 por cento desde que tomou posse.
"O primeiro-ministro falou do desemprego como uma estatística e de forma resignada", acusou o secretário nacional socialista, João Ribeiro, em declarações à agência Lusa.
Passos Coelho, disse o dirigente do PS, "não reconheceu que o falhanço das previsões de receita fiscal e de aumento do desemprego são prova do falhando da sua receita" governativa.
O primeiro-ministro defendeu hoje que "não há forma de vencer uma crise" sem "problemas sociais ou políticas restritivas", mas que Portugal está "bem mais próximo de ultrapassar" o estado de "emergência"ádo que há um ano.
"Se nuns aspetos as coisas correram melhor do que previsto e noutros aspetos pior, isso não significa que não estejamos a caminhar na direção certa e de que os resultados não sejam globalmente positivos, como é importante que aconteça e como os nossos credores externos têm reconhecido regularmente", considerou Passos.
O PS realça antes que "encerram 19 empresas todos os dias e o aumento do IVA na restauração para 23 por cento eliminou 33 mil postos de trabalho", prosseguiu João Ribeiro, nas críticas às declarações do primeiro-ministro e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.
"Assistimos a 38 minutos de propaganda e profunda insensibilidade para com as vítimas da austeridade deste Governo", acrescentou, classificando as intervenções como "dois discursos de autossatisfação que ignoraram o balanço mais realista: um país sem economia, sem emprego e um Governo sem visão europeia".
O Governo "faz como a avestruz em vez de reconhecer os erros da sua receita de austeridade a qualquer preço", considerou ainda João Ribeiro.
Sem comentários:
Enviar um comentário