António Veríssimo
OS HOLOFOTES SOBRE CARLOS MAGNO
Cidadão comum honesto, com a cabeça no lugar, jamais poderá considerar que indivíduos nomeados pelos partidos (CDS, PSD, PS) do chamado arco dos poderes sejam justos e imparciais. Isso mesmo é aquilo que vimos e temos em registo acerca do Tribunal Constitucional e, mais recentemente, acerca da ERC, a sabuja Entidade Reguladora para a Comunicação Social. Uns e outros, noutros organismos que não os citados mas pelos portugueses conhecidos são farinha do mesmo saco, como se diz, ou seitas nos poderes.
Sobre o Tribunal Constitucional, para os portugueses, a credibilidade já se foi. Sobre a Justiça em Portugal também a credibilidade é praticamente nula, sobre a ERC, com o maioral de simpatia de Miguel Relvas e do PSD, Carlos Magno, é mais do mesmo. A babuja sebenta e a obediência a interesses partidários e pessoais com vista a promoções e a vantagens inconcebíveis vão sendo detetadas no decorrer dos anos. Não é por acaso que sabemos que um pobretanas e medíocre que pratique o servilismo partidário e no interesse de outros dessas mesmas seitas ascendem fácil e rapidamente a grandes vidas de nababos principescamente remunerados e mordomizados. Há-os de todos as profissões, que preferem aquelas subserviências em troca de riquezas e ascensões que de outro modo seriam inalcançáveis.
Sob esse estatuto também há tempos que vimos jornalistas a aderir, sem escrúpulos, sem rebuços, capazes de perderem o capital que angariaram ao longo das suas profissões. Há os que se referem a Carlos Magno como um dos desses, agora que está nomeado para ERC pelo PSD, por Relvas, de quem, dizem, é “amigo do peito”. A saber, Carlos Magno era, era, era… um bem reputado e promissor bom profissional de praça jornalística. Mas a reputação nem sempre corresponde a muitos milhares de euros nem a outras vantagens proporcionadas pelos referidos servilismos. “Que se lixe o jornalismo”, que terá dito (talvez em surdina). “Vai longe este rapaz”, dizem outros… Que mal tem ele ser amigo do peito de Miguel Relvas? Que coisa!
Carlos Magno com os holofotes sobre si. Quanto a muitos de modo desproporcionado, até injusto. Provavelmente uma obsessão com Carlos Magno, do PSD, quando há outros na ERC que também foram nomeados pelo PSD e, obviamente, pelo PS. Aquela “coisa” a que chamam seitas das seitas partidárias. Sendo assim quem perde é a democracia. Por isso e por outras é que a democracia em Portugal está moribunda. Há mesmo casos que nos levam a suspeitar de autênticos sindicatos do crime nas ilhargas partidárias, Não é um, nem dois, nem só três casos que caíram ou que se perspetiva caírem em tribunal… Oh, esses tais tribunais e alguns juízes também na “vox populi” estão em absoluto descrédito.
E agora, hoje, deparamos com uma notícia no jornal Expresso que esmiúça um detetado “lapso” da ERC subordinada ao título em baixo e nos dá conta que a decisão final da ERC sobre Relvas saiu incompleta… Tudo porque: “A versão final do documento deveria incluir a frase "a ERC considera, tal como a direção do 'Público', que a pressão foi inaceitável, e considera também que a resposta da direção do 'Público' foi proporcional à ameaça". Um “lapso”. Um lapso? Uma conveniência a que se ouve chamar “atirar areia para os nossos olhos”. Leia-se o Expresso, caso surjam aqui incrédulos.
Decisão final sobre Relvas saiu incompleta
Texto final não tinha escrito que regulador considerava inaceitável a ameaça do ministro ao "Público".
A deliberação da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) relativa às alegadas pressões ilícitas de Miguel Relvas sobre o jornal "Público" saiu incompleta.
A versão final do documento deveria incluir a frase "a ERC considera, tal como a direção do 'Público', que a pressão foi inaceitável, e considera também que a resposta da direção do 'Público' foi proporcional à ameaça". Mas um lapso dos serviços do regulador acabou por não atualizar a versão anterior - e que acabou por ficar como definitiva.
- Leia o artigo completo na edição impressa do Expresso.
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1 comentário:
Força Companheiros!
Como se sabe. Como sabem muitos embora sejam poucos a dizê-lo, a ERC é uma mera filial do PSD e Carlos Magno um mero sipaio ao seu serviço. É pena. Desde logo porque ele até tinha capacidades para ser... chefe de posto.
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