MSE - Lusa
O ex-Presidente de Timor-Leste José Ramos-Horta manifestou-se convicto que o próximo Governo será influenciado por dois ou três partidos e incluirá personalidades fortes, quer ao nível da resistência, quer da competência técnico-profissional.
Timor-Leste realiza a 07 de julho as terceiras eleições legislativas, nas quais participam 21 partidos e coligações, que se encontram em campanha eleitoral até 04 de julho.
Afirmando em entrevista à agência Lusa ser difícil prever o vencedor das eleições, José Ramos-Horta admitiu que caso ninguém ganhe com maioria, os líderes dos principais partidos estão dispostos a dialogar.
O antigo chefe de Estado timorense referia-se à Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), ao Conselho Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT) e ao Partido Democrático (PD).
"Pode ser a Fretilin (a ganhar as eleições), mas se for a Fretilin eu sei que está muito mais pragmática, flexível para entabular diálogo com o CNRT e, decididamente, com o PD não acho que haja quaisquer problemas", afirmou José Ramos-Horta.
"Se for o CNRT, também acredito. O irmão Xanana Gusmão é uma pessoa super pragmática, muito sensível, que não tem tabus em relação à Fretilin e muito menos em relação ao PD", acrescentou.
Para o ex-Presidente, quer um quer outro estão muito abertos à formação de um Governo que possa ajudar a consolidar a estabilidade no país, permitindo o grande arranque económico nos próximos cinco anos.
Para Ramos-Horta, serão aquelas metas que vão orientar Xanana Gusmão (CNRT), Mari Alkatiri (Fretilin) e Fernando La Sama de Araújo (PD).
"Não estou a falar de nova coligação de cinco partidos, estou a falar de um cenário em que haverá dois ou três partidos que influenciam o próximo Governo e que também será um governo de personalidades fortes, mérito e legitimidade que vem da resistência, e com gente com competência técnico-profissional", disse.
As últimas eleições legislativas, realizadas em 2007, foram ganhas pela Fretilin que acabou por não ser convidada a formar Governo, na sequência de uma coligação parlamentar entre o CNRT, o PD, o Partido Social-democrata (PSD) e a Associação Social-democrata Timorense (ASDT).
Em 2007, a Fretilin obteve 29,02 por cento dos votos, o CNRT 24,10 por cento, o PSD/ASDT 15,73 por cento e o PD 11,30 por cento.
1 comentário:
Competências técnicas de como roubar, é o que o PD vai fazer para o governo, cambada de ladrões e ladras!
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