quarta-feira, 11 de julho de 2012

76 feridos e oito detidos nos confrontos entre os mineiros e a polícia em Madrid



Público

Crise das minas de carvão

A polícia de intervenção espanhola disparou esta manhã balas de borracha contra os mineiros do carvão que se manifestam em Madrid, em frente ao Ministério da Indústria. Oito pessoas foram detidas e 76 ficaram feridas.

O que era um ambiente de festa - relata o jornal El Mundo – tornou-se num confronto. Numa tentativa de dispersar os mineiros e os que foram apoiar a indústria do carvão, a polícia fez várias cargas contra a multidão e, por fim, disparou.

Os mineiros chegaram a Madrid, vindos das Astúrias, depois de uma "Marcha Negra" a pé, para protestar contra os cortes no apoio estatal ao sector que, dizem, levará ao encerramento das minas de carvão que restam e ao fim do modo de vida de mais de 30 mil pessoas que vivem directa e indirectamente deste sector, sobretudo no Norte de Espanha.

Na noite de terça para quarta-feira, os mineiros marcharam pelo centro de Madrid, com os seus equipamentos de trabalho e as luzes dos seus capacetes ligadas. Esta quarta-feira, perto das 13h30, concentraram-se em frente ao Ministério da Indústria, no central Paseo de la Castellana.

Encontraram o local totalmente blindado pela polícia de intervenção, armada com bastões e armas. Alguns manifestantes arremessaram pedras contra os 15 carros policiais estacionados à frente do ministério de Jose Soria. O ministro não estava, encontrando-se no Parlamento onde o Governo do Partido Popular (PP) anunciava um pacote de austeridade.

Os jornais espanhóis dão conta de que a tensão entre os dois lados - mineiros e manifestantes e polícia - era visível e aumentou pouco antes do momento do encerramento do protesto, com alguns discursos.

Quando os confrontos começaram, os líderes mineiros leram, de cima de um palanque, as suas reivindicações. Prometeram continuar a luta e marchar sobre Madrid as vezes que forem precisas até serem ouvidos.


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