terça-feira, 24 de julho de 2012

Cabo Verde: PR Fonseca defende abertura de embaixada em Maputo



JSD – Lusa, com foto

Cidade da Praia, 24 jul (Lusa) - A abertura de uma embaixada em Moçambique ajudaria a minorar os problemas enfrentados pela comunidade cabo-verdiana aí residente, uma das mais sofridas da diáspora, afirmou o presidente de Cabo Verde, citado hoje na imprensa.

Segundo a edição "online" do jornal A Semana, Jorge Carlos Fonseca referiu que o tema foi abordado num encontro com o homólogo moçambicano, Armando Guebuza, à margem da cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu na sexta-feira em Maputo.

Jorge Carlos Fonseca lembrou que os cerca de 1.500 cidadãos de origem cabo-verdiana residentes em Moçambique enfrentam uma série de problemas que os tornam uma das comunidades "mais sofridas" da diáspora.

O chefe de Estado cabo-verdiano disse que os problemas na obtenção de documentos de residência, o que gera dificuldades no acesso aos serviços públicos, e o acesso à saúde são os principais constrangimentos.

"A nossa comunidade aí radicada é uma das mais sofridas que temos", frisou, lembrando que a maioria dos cabo-verdianos aí residentes é idosa e que faz falta uma embaixada em Maputo.

"Um problema leva a outro: a dificuldade na obtenção de documentos constitui um entrave na aquisição de um seguro de saúde, no acesso ao ensino, entre outros serviços. Os idosos recebem uma pequena pensão, na ordem dos 20 dólares (16,50 euros), o que não é suficiente", afirmou.

Com o objetivo de debelar estes problemas, o presidente moçambicano deverá visitar Cabo Verde no início do próximo ano, ocasião em que o assunto será aprofundado.

Por agora, sublinhou Jorge Carlos Fonseca, o cônsul honorário de Cabo Verde em Moçambique, Simão Barbosa, está a realizar um "ótimo trabalho" junto da comunidade, em colaboração com uma associação cabo-verdiana local.

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