sábado, 7 de julho de 2012

Coligação é o ideal quando "há demasiados galos na mesma capoeira" - Bispo de Baucau



MSE – Lusa – reposição em PG

Díli, 28 jun (Lusa) - O bispo de Baucau, Basílio Nascimento, disse que o cenário ideal para a estabilidade em Timor-Leste seria um Governo de coligação entre os dois principais partidos timorenses, mas admitiu que "há demasiados galos para a mesma capoeira".

"Há muita gente que diz que uma coligação ideal seria uma coligação entre a Fretilin e o CNRT eu também partilho um bocado da ideia do ponto de vista de assegurar a estabilidade deste país durante um certo tempo, num período de cinco a 10 anos", afirmou em entrevista à agência Lusa o bispo de Baucau.

"Isso é o ponto de vista ideal, mas há galos, demasiados galos, pelo menos dois para a mesma capoeira. Será que o diálogo entre os galos será fácil, as negociações, as regras de jogo serão fáceis de ser estabelecidas?", questionou Basílio Nascimento.

Timor-Leste realiza eleições legislativas a 07 de julho e a Frente Revolucionário do Timor-Leste Independente (Fretilin), do ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri, e o Conselho Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), do atual primeiro-ministro Xanana Gusmão, são dados como favoritos à vitória.

Para o bispo de Baucau, uma aliança entre aquelas duas forças partidárias prejudicaria, por outro lado, a oposição política.

"Por outro lado, seria uma perda porque deixaria de haver oposição. Não vejo os outros partidos mais pequenos com capacidade de fazer oposição a estas duas forças políticas unidas", disse.

Nas eleições legislativas de 2007, a Fretilin obteve 29,02 por cento dos votos, contra os 24,10 por cento do CNRT, que ficou em segundo lugar.

O CNRT acabaria por formar governo na sequência de uma coligação pós-eleitoral com o Partido Democrático (PD), Partido Social-Democrata (PSD) e Associação Social-Democrata Timorense (ASDT).

Questionado sobre o apoio simultâneo do ex-Presidente José Ramos-Horta ao PD e à ASDT, o bispo de Baucau sorriu e disse que a "dúvida e a confusão" são o apoio a "duas forças ao mesmo tempo".

"Não sei se o Presidente antigo quer agora ter o dom da ubiquidade partidária, mas o certo é que não sei se isto é benéfico para ele e para as forças partidárias que ele apoia", afirmou.

"Dá um bocado de impressão que voa de flor em flor qual borboleta à procura de pólen político e de facto deixa uma indefinição da força que Ramos-Horta quer realmente apoiar", considerou Basílio Nascimento, acrescentando que as indefinições não são benéficas.

3 comentários:

Anónimo disse...

Oh Horta,

Agora passas-tes a ser uma Borboleta de flor em flor em busca de Pólen politico.
Caro Dom Basílio, vossa Exª. nunca se engana e raramente tem duvidas.

Beijinhos da Querida Lucrécia

mario disse...

gostava de o ouvir falar como vive o povo timorense e os políticos, isso sim, e deixe a politica aos politicos

Anónimo disse...

Ramos Horta.......

Pare de criar confusoes perante o povo......
Queria que o Sr. mantem os principios de neutralidade como o espirito do Nobel da Paz
Tente aceitar que a sua carisma esta baixar..........
Abracos

Antonio Timor

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