quinta-feira, 26 de julho de 2012

Guiné-Bissau: FALTA DE JUSTIÇA E “EDIFÍCIOS SEM ESTILO” NA “EMENTA”




Líderes religiosos reúnem-se com Presidente de transição para pedir justiça

25 de Julho de 2012, 19:10

Bissau, 25 jul (Lusa) - Líderes religiosos da Guiné-Bissau reuniram-se hoje com o Presidente de transição do país, Serifo Nhamadjo, a quem foram pedir "mais justiça", disse aos jornalistas o bispo auxiliar católico de Bissau, José Lampra Cá.

Recebidos em audiência conjunta, os líderes das confissões católica, protestante e muçulmana, disseram a Serifo Nhamadjo que "só a justiça" poderá tirar a Guiné-Bissau da situação em que se encontra.

Porta-voz do grupo, José Lampra Cá destacou que os líderes religiosos entendem ser altura de prestarem o seu apoio ao trabalho das autoridades de transição.

"Os líderes religiosos estão aqui para darem as suas opiniões, uma vez que o país está num momento crítico", disse Lampra Cá, enfatizando também as dificuldades enfrentadas pelo Presidente de transição.

"Ser Presidente neste momento é difícil e ter como princípio ouvir várias personalidades é um sinal positivo antes de tomar qualquer decisão", afirmou o bispo Cá.

Para os chefes religiosos, não existem receitas milagrosas para os problemas do país e apenas "uma justiça digna e verdadeira" levará a que a Guiné-Bissau e os guineenses se reencontrem.

"A justiça, pensamos, é o caminho para irmandade e para a redução de problemas do país", observou o porta-voz dos chefes religiosos.

"O que colocamos em evidência é que muitos problemas surgem por falta de base moral e dimensão religiosa, esquecemos Deus, fazemos o que nos apetece e esquecemos da regra de convivência que permite cada um estar no seu lugar e viva como Homem que é", sublinhou Lampra Cá.

O porta-voz dos chefes religiosos disse ter ficado com a perceção de que Serifo Nhamadjo está a fazer esforços para estabilizar o país.

"Está a gerir o país no momento crítico, ele quer levar a terra para frente mesmo tendo um tempo limitado", afirmou o religioso.

O Presidente de transição na Guiné-Bissau assumiu funções após o golpe de Estado de 12 de abril e é apenas reconhecido pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

MB.

Governo de transição preocupado com "edifícios sem estilo" em Bissau

25 de Julho de 2012, 18:48

Bissau, 25 jul (Lusa) - O ministro das Infraestruturas do Governo de transição da Guiné-Bissau, Fernando Gomes, disse estar bastante preocupado com "edifícios sem estilo" construídos na principal avenida da capital do país e promete tomar medidas.

O governante, que se reuniu com arquitetos e responsáveis pelo setor do urbanismo da Câmara Municipal de Bissau, defendeu que a cidade de Bissau "tem que mudar de imagem" a começar pela forma arquitetónica dos edifícios.

Fernando Gomes criticou as construções que são feitas, frisando que a maioria dos edifícios construídos na avenida Combatentes da Liberdade da Pátria, principal via de acesso ao centro de Bissau, vindo do aeroporto, "não possui qualquer estética".

A avenida Combatentes da Liberdade da Pátria, onde se situa o mercado do Bandim (principal centro de negocio na Guiné-Bissau), é particularmente conhecida pelos edifícios aí erguidos por comerciantes, imóveis que servem mesmo tempo de residências.

Esses imponentes edifícios - dentro do padrão guineense - são característicos pelas suas cores garridas e muitas vezes com muitos gradeamentos na parte exterior. Quase sempre são edifícios compostos de dois ou três andares.

"Como é que é possível aceitarmos aqueles edifícios na nossa principal avenida. Alguns edifícios não são nem residências e muito menos armazéns e são ainda uma complicação arquitetónica", observou o governante propondo medidas.

O ministro das Infraestruturas diz que o Governo de transição não vai mandar derrubar os edifícios em questão mas dará ordens aos proprietários, na maioria comerciantes oriundos de países vizinhos da Guiné-Bissau, para que "façam melhoramentos arquitetónicos".

"É possível mudar algo, mudando aqui uma coisa, a pintura, ou tirando o gradeamento, é possível dar outra vista à nossa cidade", enfatizou Fernando Gomes, avisando que no futuro qualquer construção de um edifício terá que ser aprovado antes pela Câmara Municipal ou pelos serviços do urbanismo do seu ministério.

O Governo de transição na Guiné-Bissau assumiu funções após o golpe de Estado de 12 de abril e é apenas reconhecido pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

MB.

*Titulo PG

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