MSE - Lusa
Díli, 04 jul (Lusa) - A campanha eleitoral para as legislativas de sábado em Timor-Leste terminou hoje em Díli com um debate que contou com a participação dos representantes dos 21 partidos e coligações candidatos às eleições.
Organizado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) e pela televisão pública timorense, o debate ficou marcado pelas ausências do primeiro-ministro e líder do Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), Xanana Gusmão, que se recandidata ao cargo, do secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), Mari Alkatiri, e do presidente do Partido Democrático (PD) e do parlamento nacional, Fernando La Sama de Araújo.
Durante mais de quatro horas, os 21 partidos e coligações responderam às questões colocadas pelo padre Martinho Gusmão, da CNE, relacionadas com propostas para o futuro do país.
"Falam da questão da educação, saúde, desenvolvimento económico e do meu ponto de vista o importante é a questão da justiça social", afirmou, por seu lado, à Lusa o professor Francisco Soares, vice-decano da Universidade Nacional de Timor-Leste.
Segundo o professore universitário, são poucos os timorenses que trabalham e a maioria vive uma situação difícil.
"Os partidos políticos deviam planear-se e apresentar o que pretendem fazer nos próximos 365 dias. Estão a apresentar ideias muito gerais, porque não conseguiram identificar os problemas que os timorenses enfrentam", afirmou.
Para Francisco Soares, a democracia está ainda em desenvolvimento e os timorenses não olham para os programas, mas sim para o carisma dos líderes.
De acordo com as estimativas do professor, não haverá maiorias e o futuro Governo será de coligação "sem dúvida".
Mais de 645 mil eleitores timorenses são chamados no sábado às urnas para escolher os deputados e o futuro Governo do país entre 21 partidos e coligações.
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