Orlando Castro*, jornalista – Alto Hama*
Garantidos que estão os votos dos filhos do MPLA, o regime necessita também das cruzes dos enteados, se bem que muitos deste nem precisam de ir votar. Alguém fará o favor de os substituir…
1 - Dez cabeças de gado bovino para atracção animal, uma tonelada de fertilizantes diversos, 23 charruas e sementes diversas foram distribuídas a 36 famílias camponesas do sector de Sabalundo, município do Ecunha (Huambo).
A notícia da Angop acrescenta que tudo isto se deve a “um gesto do MPLA que visa melhorar actividade agrícola na localidade”.
“Com a entrega destes meios, o MPLA pretende que o sector do Sabalundo aumente os níveis de produção agrícola e contribuir no combate à fome e à pobreza, assim como promover o desenvolvimento socioeconómico”, acrescenta o texto.
Na cerimónia de entrega, o secretário para informação e propaganda do comité provincial do Huambo do MPLA, Daniel Maurício Soy, disse que o seu partido promoverá acções semelhantes em outras localidades, bem como cumprirá de forma rigorosa os programas de governo definidos para 2012/2017.
O MPLA fez ainda a distribuição de 15 bicicletas para mobilizadores políticos, seis motorizados para primeiros-secretários dos comités de acção, roupa usada, cobertores e 42 rádios receptores para os seus militantes terem acesso às informações nacionais e internacionais.
A actividade do MPLA terminou com a realização de um acto de massa que congregou cerca de dez mil militantes, amigos e simpatizantes do partido oriundos de diversas regiões do município do Ecunha.
2 – “As 50 casas evolutivas construídas pelo governo provincial do Huambo, no município do Katchiungo, serão entregues dentro de aproximadamente sete dias, no âmbito do programa de combate à fome e à pobreza”, apurou a RNA.
As residências foram erguidas na aldeia de Katchilengue, num período de três meses, por cerca de 150 jovens da aldeia. Segundo o responsável da empresa construtora, Raul Tchiwewe, até ao dia 20 Agosto, as casas serão entregues ao Governo Provincial do Huambo.
“Já estão todas elas no seu final, até dia 20 poderá efectuar-se a inauguração das mesmas”, asseverou.
Raul Tchiwewe garantiu também que os serviços de saúde, educação e comércio também farão parte do programa.
3 – 103.390 alunos matriculados na presente época escolar terão salas de aulas até ao fim do ano lectivo, com o aumento de infra-estruturas escolares na província do Huambo.
A garantia foi dada pelo director provincial da Educação, Manuel Sampaio do Amaral, durante a qual assegurou que no quadro de investimentos públicos de combate à pobreza foram concluídos 118 novas salas de aulas que vão albergar mais de 12.390 alunos nos municípios do interior da província.
No município sede do Huambo, disse, estão em fase de conclusão 21 salas de aulas, que vão acolher 2.205 crianças e outras 36 salas em outros municípios que vão atender mais de três mil alunos até ao fim do ano, numa acção do governo que visa melhorar a qualidade de ensino e educação na província.
Manuel Sampaio do Amaral realçou que o sector da educação tem registado o aumento de infra-estruturas, contrastando com 1.227 escolas de carácter definitivo que albergavam um universo de 436.415 alunos até ao ano de 2008.
“Hoje a cifra passou para 3.070 unidades escolares, que albergam 655.201 alunos matriculados na presente época escolar”, reforçou.
O responsável assegurou que o processo de alfabetização tem igualmente conhecido um aumento do número de adultos que aprendem a ler e a escrever, asseverando que em 2008 foram alfabetizados apenas 6.315 adultos e em 2012 prevê-se alfabetizar mais de 40 mil adultos, fruto da abertura da campanha de alfabetização.
No que diz respeito à distribuição de merenda escolar, o responsável assegurou que actualmente mais de 50 mil alunos têm beneficiado, contra as 19 mil que tinham acesso à merenda em 2008.
Manuel Sampaio do Amaral assegurou ainda que o corpo docente no período de 2008-2012 cresceu na ordem dos 39, 5 por cento, com um crescimento anual de 7, 9 por cento, ao contar actualmente 23.396 professores contra os 14.361 que o sector contava em 2008, um esforço do governo que está a permitir levar os docentes em todos cantos da província.
* Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.
Título anterior do autor, compilado em Página Global: ANGOLANOS E CABINDAS PROCURAM SOLUÇÕES
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