Correio da Manhã
A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) do Governo brasileiro anunciou ter criado um grupo de trabalho para estudar incentivos à migração de estrangeiros com qualificação profissional para actuar no mercado do país.
O grupo, que conta com economistas, advogados, um sociólogo e uma demógrafa, reuniu-se pela primeira vez na última quarta-feira e deve voltar a se encontrar mensalmente, até Novembro.
O ministro-chefe da SAE, Moreira Franco, realçou que apenas 0,3 por cento da população brasileira são imigrantes, número que já foi de mais de 7 por cento no passado, e contribuiu para o desenvolvimento da agricultura e da indústria no país, segundo uma nota da secretaria.
Moreira Franco defendeu a importância da revisão da política brasileira de imigração, para que o país absorva a mão-de-obra qualificada estrangeira, especialmente neste momento de crise económica, em que há profissionais altamente qualificados sem oportunidade de trabalho.
"Se nós pegarmos Portugal e Espanha, que têm um ambiente cultural muito favorável, não tem porque nós não sermos uma grande fonte para absorver toda essa mão-de-obra que está formada e procurando emprego", disse o responsável, citado pela Agência Brasil.
Esses trabalhadores, ainda de acordo com Moreira Franco, ajudariam a agregar conhecimento tecnológico para o Brasil e a melhorar a produtividade e a base de inovação.
O grupo de trabalho conta com representantes do Governo e de instituições como a Fundação Getúlio Vargas, o Instituto de Economia Económica Aplicada, a Universidade de São Paulo, a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e a Brasil Investimentos e Negócios.
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