quinta-feira, 16 de agosto de 2012

FACTOS E NÚMEROS DA ECONOMIA E DO ESTADO ANGOLANO



RBV - Lusa

Lisboa, 16 ago (Lusa) -- Principais factos e números da economia e da sociedade de Angola, onde decorrem, no próximo dia 31 de agosto, as eleições gerais.

População: Angola tinha, segundo estimativas de 2011, um total de 19,6 milhões de habitantes. O país nunca fez, desde a independência, em 1975, nenhum censo, estando um previsto para 2103. Angola tem, como principais grupos étnicos, os ovimbundu (37 por cento da população), os kimbundu (25 por cento) e os bakongo (13 por cento).

Capital: Luanda. Angola tem uma área de 1.246.620 km2 e é o 23.º maior país do mundo, com cinco vezes a área do Reino Unido, por exemplo. A administração do país divide-se em 18 províncias e 163 municípios.

Língua oficial: Português, sendo também falados outros dialetos africanos, como o umbundo, kimbundu ou o kikongo.

Instituições políticas: Angola tornou-se independente de Portugal, em 1975, iniciando-se então uma guerra civil, que só terminou em 2002, tendo feito milhões de mortos e de refugiados.

O país é uma república com um sistema presidencialista. O Chefe de Estado e de Governo, também com poderes legislativos é, desde 1979, José Eduardo dos Santos, com Fernando da Piedade Dias dos Santos a vice-Presidente desde janeiro de 2010, quando foi aprovada uma nova constituição no país. O ramo executivo é composto pelo Presidente, pelo vice-Presidente e pelo Conselho de Ministros.

O parlamento tem 220 deputados. O partido com mais deputados, 191, é o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), o partido do Governo. Os maiores partidos da oposição são a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), o principal, com 16 lugares, enquanto a Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA), o Partido da Renovação Social (PRS) e a Nova Democracia (ND) detêm 13 lugares no parlamento.

Religião: A maioria da população é católica, embora cerca de 30 por cento siga religiões protestantes e crenças indígenas.

Economia: Com o final da guerra civil, Angola passou a ser a economia de maior crescimento em África e uma das que mais cresceu em todo o mundo, tendo o produto interno bruto (PIB) crescido, em média, cerca de 20 por cento ao ano entre 2005 e 2007.O rendimento individual (PIB per capita) passou de cerca de quatro mil dólares anuais, em 2009, para 6.120

Com uma elevada dependência das exportações petrolíferas, o ritmo de crescimento da economia angolana registou um forte travão, em 2009, para os 0,8 por cento, segundo dados da Economist Intelligence Unit (EIU).

Os anos de 2010 e de 2011 foram de recuperação, com o PIB a crescer em 3,4 por cento em cada um dos anos. Em 2010, o aumento dos preços do petróleo no mercado internacional compensaram as quebras na produção que foi compensada, em 2011, com o aumento do investimento público.

Segundo o FMI, Angola deverá ser a economia que mais cresce em 2012, entre os países da África Subsariana. O EIU aponta para uma expansão económica de oito por cento, em 2012, e de sete por cento, em 2013.

Principais setores económicos: O setor petrolífero continua a ser o principal na economia angolana, representando 47 por cento do PIB, sendo o grande recetor de investimento estrangeiro, assegurando 98 por cento das exportações e cerca de 80 por cento das receitas fiscais.

Em 2010, o comércio representava cerca de 20,3 por cento do PIB, seguindo-se, em termos de peso na economia, a agricultura e pescas (com 11 por cento), os serviços (7,4 por cento), e a indústria e a construção (6,5 e 6,2 por cento, respetivamente).

A maioria dos angolanos trabalha na agricultura, que emprega cerca de 63 por cento da população ativa.

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