PSP a proteger as instalações da troika em Lisboa - foto Tiago Petinga/Lusa |
Cerca de 40 cidades de Portugal viram as ruas invadidas pelo povo português na maior manifestação realizada desde o 1º de Maio de 1974, dias após o 25 de Abril que derrubou o Salazar-marcelismo. Avançar números nunca cumprirá a exatidão. Há quem faça estimativa de que nas cerca de 40 cidades um milhão de portugueses se manifestaram contra o governo de Passos Coelho pedindo a sua demissão e cumprindo a palavra de ordem mobilizadora: “A troika que se lixe! Queremos as nossas vidas!”
TRABALHO EXEMPLAR DA PSP
Certo é que hoje nas ruas de Portugal aconteceu cidadania em manifestações pacíficas com um ou outro caso pontual de violência por desordeiros. Poucos, mas os suficientes para desrespeitarem as centenas de milhar de manifestantes por todo o país. De realçar o comportamento, a correção exemplar da PSP. Não fosse os mínimos focos de instabilidade causada por desordeiros e quase nem se dava pela presença da polícia.
Desta vez, contrariando maus hábitos mais recentes, a PSP atuou profissionalmente, protegendo aquilo que devia proteger, não hostilizando injustificadamente o povo que se manifestou ordeiramente.
400 MIL EM LISBOA, 120 MIL NO PORTO
Em Lisboa mais de três quilómetros preenchidos por manifestantes. A concentração deveria de ser na Praça de Espanha mas a verdade é que muitos milhares não chegaram a caber no local, tendo ficado na avenida de Berna e em ruas circundantes. A Praça de Espanha é uma das maiores praças de Lisboa, se não a maior. Falaram em meio milhão de manifestantes. Na nossa estimativa terão sido uns 400 mil com certeza.
CONTRA OS PARASITAS
Exerceu-se cidadania reeditou-se a democracia. Este é um processo que não pode acabar aqui e que finalmente tem na juventude portuguesa a impulsionadora de algo que pode mudar Portugal para maior Justiça, democracia de facto, equidade, tudo o que os políticos desde há duas décadas andam a retirar aos portugueses – roubando-os material e politicamente, parasitando desde jovens em partidos políticos que sugam uma boa margem da riqueza produzida pelos trabalhadores portugueses. “Meninos” das juventudes partidárias que agora, já adultos, mostram que nada aprenderam a não ser continuar a parasitar e a espoliar o que pertence legitimamente ao Estado, e o Estado é povo português. Exatamente contra as decisões erradas e prejudiciais desses parasitas, de Belém a São Bento, é que tantas centenas de milhares de portugueses se manifestaram. (PG)
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