domingo, 16 de setembro de 2012

Portugal - Manifestações: REPÚDIO PELAS ANTERIORES E ATUAIS POLÍTICAS FOI O MOTE

 


Ainda sobre as manifestações de ontem salientamos despachos da Agência Lusa retirados do jornal i onde era feito o ponto de situação da manifestação junto ao Parlamento, em São Bento, Lisboa. Manifestantes vindos da Praça de Espanha, inicialmente e na maioria jovens, caminharam até àquele local Lisboa, onde habitualmente reúnem parlamentares eleitos que deviam de representar os interesses de Portugal e dos portugueses mas que em boa percentagem estão vendidos a interesses lobistas que ao longo de décadas têm depauperado a democracia e o produto interno, as mais valias, as riquezas, produzidas pelos trabalhadores portugueses. O repúdio a todos esses políticos parasitas, incluindo Cavaco Silva, nefasto e prejudicial presidente da República, ficou muito bem demonstrado nas manifestações que aconteceram por todo o país.
 
POLÍCIA EXEMPLAR
 
Como poderemos perceber nos despachos da Agência Lusa, retirados do jornal i, as centenas de manifestantes junto ao Parlamento (no fim de tarde) eram primeiro de algumas centenas mas foi crescendo ao longo das horas e atingiu largos milhares pela noite dentro. A maior tensão entre manifestantes e polícia foi ali que aconteceu. A PSP comportou-se exemplarmente. Um grupelho de talvez três dezenas de desordeiros optou por desrespeitar a democrática e pacífica postura dos portugueses em todas as manifestações nacionais e até no estrangeiro provocando e tentando agredir a polícia que impedia nas escadarias exteriores o acesso ao Palácio de São Bento, o Parlamento, cumprindo ordens perfeitamente justificáveis. Pelo menos um jornalista ficou ferido e teve de recorrer a assistência hospitalar por via dos objetos lançados pela minoria desordeira. Exceptuando estes incidentes e mais um ou outro caso pontual deve ser salientado que os portugueses que se manifestaram souberam exercer a cidadania e a democracia neste enorme protesto nacional que agora espera respostas adequadas dos que detém os poderes e que indubitavelmente foram os que vieram conduzindo a que Portugal se encontre na atualidade na situação depauperada agora contestada. Cavaco Silva, enquanto primeiro-ministro por mais de 10 anos, seus sucessores, José Sócrates e agora Pedro Passos Coelho são efetivamente os grandes responsáveis pela péssima situação a que Portugal chegou.
 
CAVACO, UM PRESIDENTE DA REPÚBLICA COBARDE
 
É esse mesmo Cavaco Silva que desde dia 7 deste mês que nem uma palavra dirigiu aos portugueses sobre a redobrada austeridade anunciada por Pedro Passos Coelho. Medidas que planificaram entre a troika, o PSD e o CDS, sem a sensibilidade e a decência de perceberem que são incomportáveis nos sacrifícios que exigem a Portugal e aos portugueses. Estamos perante um presidente da República que por várias vezes tem demonstrado ser um cobarde que usa a sinuosidade por opção. Um presidente da República que representa interesses alheios aos do país e do seu povo. Que manda “recados” seus através de uma amiga, Manuela Ferreira Leite, comportando-se como qualquer outro cobardolas que prefere abrigar-se debaixo de saias de mulheres ou em outro qualquer lugar, na vã tentativa de que nem nele reparem para que assim passe despercebido na “chuvada” de reprovação manifestada por todos os portugueses à conta de quem (ele e seus vastos correlegionários) tem parasitado e enriquecido. Por responsabilidade deste cobarde e de outros é que muitos milhares de portugueses, milhões, estão a passar todas as presentes agruras, pela miséria e pela fome. Obviamente, demitam-se e emigrem! (PG)
 
Em i online, ontem à noite:
 
Centenas de manifestantes concentrados em frente ao Parlamento
 
Agência Lusa, publicado em 15 Set 2012 - 20:56
 
Centenas de pessoas estão concentradas em frente da Assembleia da República, em Lisboa, gritando palavras de ordem contra deputados e governantes e derrubaram as grades que os separam da escadaria, que foram depois repostas pela polícia.
 
Segundo constatou a agência Lusa no local, às 20:20 centenas de manifestantes ocupavam o largo na base da escadaria do Parlamento, rodeados por um forte dispositivo policial de cerca de dezenas de agentes com cães.
 
Contactado pela agência Lusa, o porta-voz da PSP, Paulo Flor, disse que a polícia “está a averiguar o que se passou” no derrube de grades, mas, recordou, “esta situação já começa a ser recorrente”.
 
Gritando a palavra de ordem “os gatunos estão lá dentro”, os manifestantes apelavam à polícia para deter deputados e governantes.
 
Desconhece-se ainda se esta concentração em São Bento é composta por manifestantes que antes estavam concentrados na Praça de Espanha e se os que aí continuam se juntarão aos que já se encontram em frente ao Parlamento.
 
Porém, o fluxo de gente que está a desembocar no Parlamento já ocupava, perto das 20:30, toda a Rua de São Bento.
 
Parlamento. Manifestantes desmobilizam lentamente
 
Por Agência Lusa, publicado em 16 Set 2012 - 00:52
 
Centenas de pessoas saíram à rua para contestarem medidas de austeridade
 
Tensão continua latente junto à escadaria da Assembleia da República, em Lisboa, mas os manifestantes já são menos e estão a desmobilizar lentamente.
 
O rebentamento de petardos e o arremesso de garrafas de vidro provocam o ladrar dos cães da polícia e vão-se alternando com assobios, constatou a Lusa no local.
 
São também frequentes palavras de ordem como "Junta-te a nós", dirigidas especificamente aos agentes da polícia que estão no local, e "O povo unido jamais será vencido".
 
Cada movimentação da polícia provoca agitação entre as poucas centenas de manifestantes que ainda se mantém em frente à escadaria do parlamento.
 
Porém, há uma espécie de fosso entre um grupo de manifestantes que está mais próximo dos agentes policiais e outro grupo, mais adepto de protestos pacíficos.
 
Pedro, de 37 anos, economista atualmente com trabalho, mas "com amigos e familiares a viver dificuldades financeiras", não pôde estar presente na manifestação da tarde, mas não quis deixar de apoiar o "descontentamento completamente transversal". "A falta de esperança afecta todos", resumiu, em declarações à Lusa.
 
Realçando que "é importante que a manifestação continue durante a noite", Pedro sublinhou também que "todas as formas de protesto são válidas, menos a violência".
 
Aos 60 anos, a pintora Maria José Afonso, achava que "não teria que voltar a gritar 'O povo unido jamais será vencido'".
 
Em declarações à Lusa, esta portuguesa que vive em Bruxelas, disse que "a Europa está a deixar de ser a Europa e a perder os princípios".
 
As duas filhas de Maria José Afonso, que estudaram em Bruxelas, "deixaram tudo para vir para Portugal para nada".
 
"Tenho a sorte de as poder ajudar", contou, dizendo que "em geral os manifestantes tem sido extremamente pacíficos".
 
Recordando que pertence "à geração de Abril", a pintora lamentou: "Lutámos não sei bem para quê, porque não sei qual será o futuro deles".
 
Enquanto os manifestantes entoam o hino nacional, três ativistas do projeto 270, da Costa da Caparica, vendem "a baixo custo" caril de lentilhas com arroz.
 
Há quem pergunte, antes de pedir: "Isso não é coelho, não?".
 
*Título e subtítulos de PG, excepto os do despacho da Agência Lusa em i online
 
Leia também:
 

Sem comentários:

Mais lidas da semana