quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Cabo Verde: ALERTA CÓLERA, CONDIÇÕES PARA ELIMINAR PALUDISMO ATÉ 2020

 


Arquipélago em alerta devido a epidemia de cólera na África Ocidental
 
05 de Setembro de 2012, 15:48
 
Cidade da Praia, 05 set (Lusa) -- Cabo Verde está em alerta devido à epidemia de cólera que afeta os países da África Ocidental, tendo adotado medidas para evitar que a doença chegue ao país, anunciou hoje o diretor nacional da Saúde.
 
António Pedro Delgado afirmou que os responsáveis do país estão preocupados com a situação e já foram adotadas medidas de vigilância nos portos e aeroportos.
 
"Temos estado em contacto frequente com alguns desses países para acompanhar a situação e, por outro lado, vamos tentar criar uma barreira da entrada nos portos e aeroportos", informou alertando para os cuidados especiais com certos alimentos que podem transmitir a doença.
 
António Pedro Delgado explicou que outras medidas estão a ser tomadas, nomeadamente no sentido de uma maior sensibilização da população para o risco da doença, através de campanhas na comunicação social.
 
"Já aumentamos a sensibilização a nível da comunicação social como forma de relembrar aquilo que deve ser feito na luta contra cólera, ou seja, estamos atentos e a tomar medidas que se deve tomar para o momento", frisou.
 
Com a queda das primeiras chuvas, as autoridades sanitárias reforçaram igualmente a luta contra a proliferação de mosquitos, vetor de transmissão da cólera e de outras doenças como o paludismo.
 
A África Ocidental está a enfrentar o pior surto de cólera destes últimos anos. Na Serra Leoa, onde vivem seis milhões de pessoas, foi declarado estado de emergência nacional.
 
De janeiro a agosto deste ano, foram registados neste país mais de 13 mil casos, com pelo menos 300 mortos, o dobro em relação à última epidemia ocorrida a 2007.
 
Além da Serra Leoa, também Guiné-Conacri, Mali, Níger e Congo estão a braços com surtos de cólera que tendem a piorar, numa região onde dois terços da população não têm um sistema de esgoto.
 
Cabo Verde enfrentou, em 1995, uma grave epidemia de cólera, que afetou quase todas as suas ilhas e causou mais de uma dezena de vítimas mortais.
 
CLI.
 
Autoridades de saúde garantem que há condições para eliminar o paludismo até 2020
 
05 de Setembro de 2012, 15:54
 
Cidade da Praia, 05 set (Lusa) - Cabo Verde tem condições de eliminar o paludismo até 2020 segundo o diretor nacional da Saúde, António Pedro Delgado, que explicou que a população deve desempenhar o seu papel na prevenção.
 
O diretor nacional da Saúde falava durante a reunião anual de validação e programação das atividades de luta contra o paludismo dos Países da África Ocidental durante o ano de 2012, que decorre na cidade da Praia.
 
"Em 2007, Cabo Verde fixou uma meta ousada, mas que está ao nosso alcance de, até 2020, eliminar o paludismo e sabemos que, com os serviços da saúde e a população a desempenharem o seu papel, podemos atingir este objetivo", explicou.
 
Segundo António Pedro Delgado, os serviços da saúde estão a reforçar a prevenção, em colaboração com as câmaras municipais e setores ligados ao ambiente, combatendo as larvas para evitar que nasçam novos mosquitos.
 
"Não se deve ter focos de mosquitos em casa por ser um dos lugares com maior repercussão e, por outro lado, a população deve saber que tratar precocemente a doença é fundamental, por isso, ao mínimo sinal da doença, a pessoa deve dirigir-se ao serviço (de saúde)", alertou.
 
O responsável pelo setor da saúde lembrou que nos últimos cinco anos o número de casos de paludismo não tem ultrapassado os 70 por ano, sendo que, em 2011, teve o registo de 37 casos.
 
"A tendência é para diminuir visto que, este ano, só temos registo de 12 casos, todos importados, e o que estamos a fazer neste sentido é a sensibilização das pessoas que vêm de zonas endémicas", indicou.
 
Durante a reunião da Cidade da Praia, que vai servir para planificar as atividades a serem implementadas em 2013 nos 16 países da região ocidental africana, vão também ser analisados os constrangimentos que podem impedir a aplicação das subvenções do Fundo Global da ONU para a luta contra a Sida, Tuberculose e Malária, bem como a complementaridade de outros fundos.
 
Durante cinco dias, o encontro deve analisar o Plano Estratégico de luta contra a doença, as lacunas nas estratégias de mobilização de recursos e financiamento do programa, bem como a troca de experiências na mobilização de recursos do setor privado e de informações sobre as novas orientações técnicas entre os países da região.
 
CLI.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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